O mercado do boi gordo segue com movimentações mais intensas nas negociações nas praças produtoras brasileiras. Os preços seguem estáveis com altas pontuais com compradores buscando firmar suas escalas e vendedores realizando negócios melhores. No atacado há recuperação de valores de modo parcial com distribuidores buscando cobertura de produtos para enfrentar o período de festas de final de ano e maior volume de recursos financeiros já disponibilizados no país, com a primeira parcela do 13º salário.
A cada dia, fica mais sólida a percepção dos pecuaristas em torno de preços melhores para a arroba do gado pronto. De certo modo, o mercado futuro já mostra uma realidade bem mais interessante. As posições de janeiro e fevereiro, mesmo em uma segunda-feira de realização de lucro, tinha valores em R$ 250,00 e R$ 251, respectivamente. O Cepea informa valor da arroba do boi gordo às vista em R$ 249,45 e a prazo em R$ 251,86. São Paulo tem negócios em R$ 250 por arroba e já começam a ficar comuns, o que traz expetativas de novas altas, a média de valores praticados está em R$ 248,00 por arroba com indústrias chegando a 17 dias garantidos de escala de abates. Os frigoríficos têm 5,5 dias de trabalho, em média, em Minas Gerais, com preços em R$ 231,20/@. O estado de Goiás também se destaca pela escala mais baixa em apenas cinco dias e valores médios na casa de R$ 236,70, em média.
O Mato Grosso do Sul conta com 11 dias de escala e valores médios em R$ 228,00 por arroba, apesar da referência, apontada pela indústria, ser de R$ 225. O Estado de Mato Grosso conta com 14 dias de atividade fabril garantidos e preço médio em R$ 212 e o “Boi China” em R$ 220.
A demanda doméstica já está mais aquecida, apesar da movimentação de valorização da arroba, não tem há percepções de altas mais agudas ao consumidor final brasileiro. O mercado atacadista paulista deve ver uma mudança mais expressiva nos preços praticados nesta semana, em uma equação que apresenta demanda mais expressiva por carne bovina, melhor poder de compra e reposicionamento do preço. No cenário externo o mês de novembro contou com forte volume embarcado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, com 187,9 mil toneladas, 26,28% frente ao total exportado no mesmo mês do ano anterior, que ficou em 148,8 mil toneladas.
O preço médio da tonelada exportada em novembro/23 em US$ 4,593 mil por tonelada, recuo de 12,10% frente aos dados divulgados em novembro/22, com valor médio de US$ 5.226 mil por tonelada. O total faturado pela indústria exportadora chegou a US$ 863.443 Milhões, alta de 1,01% frente ao mês de novembro do ano anterior, US$ 777,889 milhões.
A semana deve contar com o mercado acomodando elevações nos preços pagos na arroba do boi gordo e também da carne bovina no mercado atacadista é o ritmo de dezembro/23. Também, fique atento, teremos um mês de janeiro com boas oportunidades de negócios, mostrando um cenário mais favorável ao pecuarista.
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