04/12/2023 às 10h47min - Atualizada em 04/12/2023 às 10h47min

Produção recorde de açúcar no Brasil impacta negativamente nas cotações internacionais do produto

Novembro testemunhou uma queda nas cotações internacionais do açúcar, após um início de mês marcado por máximas históricas

- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: FreePik

Na última sessão de 30 de novembro na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos de açúcar bruto para entrega em março de 2024 encerraram a negociação, registrando uma queda significativa. Os contratos foram precificados em centavos de dólar por libra-peso, marcando uma diminuição de 2,3% em comparação com o final de outubro, quando estavam cotados a 27,09 centavos. Essa variação de valores indica mudanças notáveis no mercado de commodities, despertando a atenção dos investidores e analistas para as dinâmicas em curso no setor do açúcar.

 

No ápice, em 7 de novembro, o primeiro contrato da ICE Futures US atingiu 28,14 centavos nas intradiárias, marcando o nível mais alto em 12 anos. Esse aumento inicial foi impulsionado por perspectivas negativas para as safras da Ásia, afetadas pelo fenômeno climático El Niño, que reduz as chuvas e impacta a produção de cana-de-açúcar na Índia e Tailândia para 2023/24.

 

Entretanto, a confirmação de que o Brasil está colhendo uma safra recorde em 2023/24 mudou o cenário, levando o mercado a corrigir parte dos ganhos acumulados nos últimos meses. Segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), o país está produzindo 46,88 milhões de toneladas de açúcar nessa safra, um aumento de 27,4% impulsionado por condições climáticas favoráveis que elevaram a produtividade da cana-de-açúcar.

 

A Conab estima uma moagem total de cana de 677,602 milhões de toneladas em 2023/24, marcando um novo recorde histórico, comparado às 610,804 milhões de toneladas de 2022/23, representando um aumento de 10,9%.

 

Essa produção é impulsionada pela Região Centro-Sul, prevendo-se uma moagem de 614,079 milhões de toneladas, um aumento de 11,6% em relação à safra anterior. Na região Norte/Nordeste, a previsão é de 63,523 milhões de toneladas, um aumento de 4,7% em comparação ao ano passado.

 

Apesar do atraso no início da colheita devido às chuvas constantes, que afetaram a programação das unidades de produção, a moagem atingiu pouco mais de 90% na Região Centro-Sul, refletindo o potencial para um aumento na produção de cana nos próximos meses, considerando as condições climáticas favoráveis e os investimentos no setor.

 

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