O mercado do milho no Brasil continua a demonstrar uma tendência ascendente de preços, impulsionada por um ritmo robusto nas exportações e uma demanda interna aquecida. Nesta segunda-feira (4), pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) ressaltaram que outro fator contribuinte para esse movimento é a retração dos vendedores.
Esses agentes estão cautelosos devido aos atrasos na semeadura da safra de verão e às possíveis consequências desse cenário para a segunda safra do cereal. Em resposta, ofertam volumes reduzidos no mercado spot, aguardando potenciais valorizações.
Nos campos, os pesquisadores do Cepea indicam um cenário diferenciado: o retorno das chuvas no Centro-Oeste e partes do Sudeste contrasta com a redução dessas precipitações no Sul do país. Esse panorama diversificado tem impacto direto nos trabalhos agrícolas, com avanços significativos em todas as regiões produtoras.
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do dia 25 de novembro, a semeadura da safra de verão atingiu 55% da área nacional, ainda que apresente um déficit de 13,6 pontos percentuais em comparação ao mesmo período da safra 2022/23.