A primeira quinzena de dezembro deve trazer um aumento nas chuvas no interior do Brasil, mas ainda existem riscos de transtornos em algumas regiões. No Sul, os volumes ainda serão elevados, mas com desvios bem menores em comparação com o que ocorreu nos últimos três meses.
Já em áreas que estavam com o tempo muito seco, como é o caso de partes do sul de Minas Gerais, parte de São Paulo e Rio de Janeiro, os volumes previstos de mais de 350 milímetros ajudarão a recuperar a umidade do solo, mas podem trazer riscos de deslizamentos de terra e encostas, além de potencializar perdas para os produtores de café.
No panorama geral de distribuição de umidade, as projeções estão mais otimistas, inclusive para as regiões Norte e Nordeste. O grande problema é que o déficit hídrico acumulado é muito grande.
Para o oeste da Bahia, as estimativas até que são boas, com volumes de 200 milímetros. Já para o estado com a umidade do solo mais baixa, o Piauí, o volume ainda não deve passar de 80 milímetros em 30 dias.
No Norte, o destaque fica para os altos volumes de chuva previstos para Rondônia, Acre e Amazonas, que, embora ainda fiquem abaixo da média, vão conseguir amenizar apenas um pouco as secas históricas que os rios da região enfrentaram este ano.
Em relação às temperaturas, dezembro ainda será um mês de muito calor. Vale a pena chamar a atenção dos produtores do norte de Mato Grosso do Sul e sul de Mato Grosso. Nessas áreas, a média das temperaturas máximas pode passar de 40 °C.