Falta de chuva no Centro-Oeste preocupa produtores de soja

Atraso no plantio e dificuldade hídrica sinalizam possíveis prejuízos na produção de oleaginosa na região

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A escassez de chuvas no Centro-Oeste do Brasil tem gerado apreensão entre os produtores de soja, uma vez que o plantio da oleaginosa já está em andamento na região. A ausência de chuvas, se persistir, pode resultar em prejuízos significativos para o setor.

Até a última semana, o plantio da safra de soja no país alcançou apenas 38,41% da área destinada, em contraste com 52,31% no mesmo período do ano anterior e 44,94% na média dos últimos 5 anos. Esse desempenho representa o pior avanço nacional da colheita desde 2015.

De acordo com Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, os estados mais afetados pela falta de chuva são o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás. Ele ressalta que o atraso no plantio e a necessidade de replantio podem comprometer a produção de soja, com impactos particularmente severos na segunda safra, normalmente destinada ao cultivo de milho.

Ronaty Makuko, consultor comercial da Pátria Agronegócios, observa que a soja já plantada enfrenta dificuldades devido à escassez de água. A situação é crítica, com riscos de perda de produtividade se o clima seco persistir nos próximos dias.

Entretanto, há uma perspectiva positiva, pois as previsões meteorológicas indicam a possibilidade de chuvas na região a partir de 5 de novembro, o que poderia aliviar a situação. Makuko enfatiza a importância de os produtores acompanharem de perto as condições climáticas nas próximas semanas.

Além dos desafios para a produção de soja, a falta de chuva também pode ter impactos no mercado do milho. Segundo o consultor, o preço do milho tem potencial para um aumento superior a R$10 até meados de março/abril do próximo ano, caso as condições climáticas continuem afetando a produção. A situação exige uma vigilância constante por parte dos agricultores e atores envolvidos no setor agropecuário do Centro-Oeste.