O mês de outubro foi caracterizado por oscilações nas cotações do algodão em pluma no mercado interno. Essas flutuações foram influenciadas principalmente pelo desacordo entre os agentes do mercado quanto aos valores de negociação e à qualidade dos lotes disponíveis. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que compradores ofereceram valores inferiores e/ou indicaram dificuldades em encontrar pluma que atendesse às suas exigências.
Por outro lado, parte dos cotonicultores manteve posição firme, especialmente em relação à pluma de qualidade superior. Em termos gerais, a liquidez permaneceu baixa ao longo de outubro. Além das divergências entre compradores e vendedores, colaboradores do Cepea também observaram que muitos enfrentaram desafios logísticos, como fretes elevados, escassez de transporte e congestionamento nos portos.
Arroz O mercado do arroz em casca no Sul do Rio Grande do Sul continuou aquecido, com os compradores aumentando suas ofertas na tentativa de repor seus estoques. Entretanto, os vendedores demonstraram alguma resistência em fechar negócios, esperando por possíveis altas nos preços. Além disso, devido à demanda sólida no mercado internacional, as ofertas internas precisam se manter competitivas para garantir vendas.
Nesse cenário, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS, que representa 58% de grãos inteiros e pagamento à vista, manteve-se em torno dos R$ 105 por saca de 50 kg. Esse valor é o mais alto registrado desde meados de outubro de 2020, destacando a sustentação do mercado local de arroz.