01/11/2023 às 09h27min - Atualizada em 01/11/2023 às 09h27min

Soja: mercado brasileiro tem movimentação agitada com recuperação de preços

Bons negócios nos portos e oscilação de preços influenciam o cenário da soja

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Divulgação
O mercado brasileiro de soja viveu um dia de intensa movimentação nesta terça-feira (31), com destaque para as atividades nos portos do país. Houve relatos de negociações bem-sucedidas em locais como Paranaguá, Santos e Rio Grande, com pagamentos previstos para os meses de novembro e dezembro.

Em particular, observou-se uma alta demanda por lotes da nova safra em Santos, cujos pagamentos devem ocorrer em abril. Regiões como Imbituba, em Santa Catarina, também testemunharam negociações favoráveis.

Os preços da soja tiveram uma recuperação durante o dia, especialmente na parte da manhã, quando o dólar e as cotações de Chicago estavam em ascensão. Entretanto, no final da tarde, houve uma leve queda nas cotações.

De acordo com analistas da Safras & Mercado, estima-se que cerca de 400 mil toneladas de soja tenham sido negociadas no Brasil. Isso refletiu em aumentos nos valores de diversos locais do país.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 142,00 para R$ 145,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 140,00 para R$ 143,00 por saca. No Porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 152,00 para R$ 154,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço cresceu de R$ 133,00 para R$ 133,50 por saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 143,00 para R$ 143,50.

Nas regiões de Rondonópolis (MT), Dourados (MS) e Rio Verde (GO), os valores também experimentaram uma elevação, evidenciando a dinâmica positiva do mercado.

O cenário internacional também influenciou a movimentação dos preços. Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com valores mais elevados. Preocupações com o clima no Brasil e nos Estados Unidos, bem como os sinais de uma demanda crescente pelo produto americano, contribuíram para sustentar os preços durante a segunda metade da sessão, após um início em território negativo.

As chuvas excessivas em algumas regiões do Brasil levantaram preocupações com a possibilidade de replantio, enquanto nos Estados Unidos, a previsão de neve poderia adiar o término da colheita em certos estados.

Além disso, os exportadores privados dos Estados Unidos comunicaram ao Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) a venda de 239,492 mil toneladas de soja em grãos ao México, com entrega prevista para a safra 2023/24.

No fechamento do último dia do mês, os operadores também buscaram ajustar suas carteiras, o que contribuiu para a recuperação dos preços.

Os contratos de soja em grão com entrega em novembro encerraram o dia com alta de 4,25 centavos, representando um aumento de 0,33%, cotados a US$ 12,87 por bushel. A posição de janeiro fechou a US$ 13,10 1/2 por bushel, com um ganho de 3,25 centavos de dólar, ou 0,24%, em comparação com o dia anterior.

No mercado de subprodutos da soja, o contrato de dezembro do farelo fechou com um aumento de US$ 4,50 ou 1,05%, chegando a US$ 431,00 por tonelada. Enquanto isso, os contratos de óleo com vencimento em dezembro encerraram a 51,42 centavos de dólar, com uma queda de 0,97 centavo ou 1,85%.

Na frente cambial, o dólar comercial encerrou a sessão com uma pequena queda de 0,12%, sendo negociado a R$ 5,0407 para venda e a R$ 5,0387 para compra. Ao longo do dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0090 e a máxima de R$ 5,0697, acumulando uma valorização de 0,28% ao longo do mês.


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