20/10/2023 às 09h32min - Atualizada em 20/10/2023 às 09h32min

Hortaliças sofrem novo declínio de preços nos principais mercados do Brasil

Cebolas lideram queda de valores, enquanto frutas como banana e mamão também enfrentam desvalorização

- Da Redação, com Conab
Foto: Freepik
Hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do Brasil enfrentaram uma nova queda de preços no último mês. De acordo com o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta (19), produtos como alface, batata, cenoura e cebola registraram desvalorização.

A cebola liderou essa tendência, apesar da menor quantidade disponível nos mercados em comparação com o mês anterior, graças à produção pulverizada pelo país. No caso da batata, a contínua queda de preços se deveu à intensificação da safra de inverno em nível nacional, resultando em mais de 100 mil toneladas comercializadas nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). A alface também viu seus preços declinarem, embora de forma menos intensa do que nos meses anteriores. O clima exerceu influência tanto na oferta quanto na demanda, com o calor encurtando o ciclo de produção.

A cenoura, por sua vez, teve uma queda na média ponderada, embora não em todos os mercados pesquisados, devido à menor oferta no atacado e perda de qualidade devido a chuvas e temperaturas elevadas. No Rio Grande do Sul, as precipitações interromperam a colheita, levando a uma redução de cerca de 65% nos envios para a Ceasa.

A única exceção a essa tendência de queda nos preços no atacado foi o tomate, que variou de acordo com as entradas mensais do fruto, influenciadas pelas variações de temperatura.

No segmento de frutas, a banana e o mamão acompanharam a tendência de desvalorização, com o mercado atacadista de banana registrando queda de cotações devido à boa oferta da variedade prata, tanto do sul quanto do norte de Minas Gerais. A queda nas cotações do mamão foi atribuída à maior oferta da variedade papaya, proveniente de várias regiões produtoras, especialmente do sul da Bahia.

As condições climáticas também desempenharam um papel importante na demanda da laranja, com as temperaturas mais altas aumentando a procura a partir da segunda semana de setembro. No entanto, como a oferta estava controlada devido ao alto consumo de laranjas para moagem, os preços subiram na maioria das Ceasas.

O calor também impulsionou o consumo de melancia, resultando em um aumento nos preços. Já para a maçã houve elevação nas cotações e queda na comercialização na maioria das Centrais analisadas, um comportamento tradicional nesta época do ano, à medida que os estoques das companhias classificadoras diminuem gradualmente.

Quanto às exportações, de janeiro a setembro de 2023, o Brasil exportou 694 mil toneladas de frutas no valor de US$ 794,8 milhões, representando um aumento de 5,14% e 19,04%, respectivamente, em comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas de bananas e mamões diminuíram, enquanto as de mangas, limões, melancias e abacates aumentaram.

Esta edição do Boletim Prohort também destaca o papel da Conab e das Centrais de Abastecimento no combate à fome, com foco nas ações realizadas pelo entreposto de Brasília. O Programa de Inclusão Socioprodutiva Rural - Produzir oferece descontos nas taxas de comercialização para produtores rurais, promovendo a segurança alimentar e nutricional.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://canalpecuarista.com.br/.