Soja: preços caem devido à desvalorização do dólar e colheita nos EUA
Milho mantém alta com retração de vendedores e demanda aquecida, atingindo marca não vista desde maio
- Da Redação, com Cepea
16/10/2023 10h01 - Atualizado em 16/10/2023 às 10h01
Foto: Divulgação
O mercado brasileiro testemunhou uma queda nos preços da soja em grão durante a última semana. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira (16), essa diminuição foi influenciada pela desvalorização do dólar em relação ao Real e pela intensificação da colheita de soja nos Estados Unidos, o que atraiu importadores do Hemisfério Norte e resultou em menor demanda pela oleaginosa brasileira.
No entanto, o farelo de soja manteve preços estáveis, uma vez que muitos consumidores domésticos já haviam firmado contratos de longo prazo, eliminando a necessidade de novas aquisições no mercado nacional. Em contraste, o óleo de soja registrou aumento de preços no Brasil, impulsionado pela sólida demanda, especialmente por parte das indústrias de biodiesel no país.
Milho
Os preços do milho continuam em ascensão no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, essa tendência é resultado da retração de vendedores, que se encontram capitalizados e não veem a necessidade de liberar espaço nos armazéns. Além disso, a demanda internacional pelo milho está aquecida, e uma parcela dos compradores domésticos demonstra interesse em recompor seus estoques. Devido a esses fatores, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa em Campinas (SP) ultrapassou novamente a marca de R$ 60 por saca de 60 kg, um patamar que não era visto desde maio deste ano.
