A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (10) o aguardado Primeiro Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, trazendo consigo uma estimativa de produção de 317,5 milhões de toneladas para a safra brasileira de grãos no próximo ciclo agrícola. Embora essa estimativa represente uma leve diminuição em relação à temporada anterior, diversos fatores apontam para uma safra sólida e cheia de potencial.
A perspectiva inicial de diminuição na produtividade média, que poderia ter impactado negativamente a produção, é contrabalanceada pelo indicativo de um leve crescimento na área total semeada, que deverá ultrapassar os 78 milhões de hectares. Esses números sinalizam a possibilidade de o Brasil alcançar a segunda maior safra da sua história.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, expressou otimismo em relação às projeções, afirmando que, mesmo que não atinjam um novo recorde, eles mantêm a expectativa de uma boa colheita. Segundo Pretto, esse resultado está em sintonia com as políticas públicas do Governo Federal, que têm incentivado a produção de alimentos.
Entre as culturas em destaque, o arroz se destaca com um estimado incremento tanto na área plantada quanto na produtividade média, prevendo-se uma produção de aproximadamente 10,8 milhões de toneladas, representando um aumento de 7,7% em relação à safra anterior.
A cultura do feijão também promete uma recuperação, com um possível aumento da área plantada para 2,78 milhões de hectares e uma expectativa de produção de 3,1 milhões de toneladas se confirmado ao final dos três ciclos.
Para a soja, o principal grão cultivado no país, as estimativas apontam para crescimento tanto na área quanto na produtividade, com uma produção prevista de mais de 162 milhões de toneladas, um novo recorde para a cultura, caso as projeções se concretizem.
Entretanto, o cenário para o milho é menos otimista, com uma previsão de redução de 4,8% na área plantada e de 4,9% na produtividade média, resultando em uma produção total estimada de 119,4 milhões de toneladas na safra 2023/24, em comparação com as mais de 130 milhões de toneladas colhidas no ciclo anterior.
O algodão também apresenta boas perspectivas, com uma previsão de crescimento de 2,9% na área plantada e uma estimativa de produção de 3 milhões de toneladas de pluma.
Além dessas projeções de produção, o levantamento da Conab também aborda questões como o vazio sanitário e os possíveis impactos no mercado, destacando as mudanças nos estoques de passagem para culturas como o trigo, arroz, soja e milho.
Em resumo, as projeções da Conab para a safra 2023/24 são promissoras, sinalizando um cenário favorável para a produção de grãos no Brasil, com destaque para arroz, soja e algodão, embora o milho enfrente desafios. Esses números refletem não apenas a capacidade produtiva do país, mas também a importância das políticas de estímulo à produção de alimentos.
Foto: Freepik
