BNDES lança linha de crédito especial para cooperativas afetadas por cheias

Novo recurso financeiro visa auxiliar produtores rurais prejudicados por condições climáticas adversas

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na segunda-feira (9) a criação de uma linha de capital de giro especialmente destinada a cooperativas agropecuárias, com foco principal em apoiar produtores rurais que foram afetados por cheias e secas recentes. A iniciativa, que estará disponível a partir do dia 17 de outubro, tem como objetivo ampliar as opções de crédito para o setor, complementando os recursos disponibilizados pelo Plano Safra. O BNDES estima uma demanda de até R$ 1 bilhão para a safra 2023/24, conforme comunicado divulgado pelo banco.
 
As operações protocoladas até 31 de março de 2024 em áreas que tenham decretado situação de emergência ou calamidade terão prazo de pagamento de até cinco anos e carência de até um ano. O BNDES destacou que essas condições temporárias visam atender aos cooperados de todo o país que foram impactados pelos extremos climáticos durante a atual safra, assim como nas duas safras anteriores. A partir de abril de 2024, a linha passará a operar com prazo de pagamento de até dois anos e carência de até seis meses.
 
Essa nova linha de crédito, denominada "Crédito Cooperativas", se soma às ações do governo federal previstas na Medida Provisória nº 1.189/2023, que tem como objetivo auxiliar as localidades afetadas pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul desde o início de setembro. O setor de proteína animal gaúcho havia solicitado ao governo a liberação de recursos para a recuperação das cooperativas locais após as chuvas que paralisaram a produção de diversos frigoríficos na região do Vale do Taquari no mês passado.
 
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou o esforço do banco em trilhar um caminho inédito de reconstrução da economia local, criando condições favoráveis para que as cooperativas possam superar o dramático impacto causado pelas secas prolongadas e, sobretudo, pelas enchentes em diversas áreas do território brasileiro. A linha "Crédito Cooperativas" oferecerá opções de custos baseadas em taxas pré e pós-fixadas, além da possibilidade de indexação da dívida em variação cambial, especialmente para cooperativas que possuem receita em dólar ou atrelada à moeda norte-americana.