09/10/2023 às 09h43min - Atualizada em 09/10/2023 às 09h43min

Desvalorização da soja no Brasil é atenuada por recorde nas exportações; milho avança

Demanda internacional sustenta mercado brasileiro durante a safra 2023/24

- Da Redação, com Cepea
Foto: Divulgação
Com a entrada da safra 2023/24 nos Estados Unidos e a consequente desvalorização externa, os valores da soja enfraqueceram no mercado brasileiro na última semana. Pesquisadores do Cepea indicam, contudo, que a firme demanda internacional pela oleaginosa brasileira impediu uma queda mais intensa nos valores domésticos. Ressalta-se que as vendas externas do grão neste ano já atingiram recordes.
 
Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, saíram dos portos brasileiros 87,25 milhões de toneladas de soja na parcial deste ano (de janeiro a setembro), quantidade que supera em 10,8% a movimentação de todo o ano de 2022 (de janeiro a dezembro) e representa um recorde para os nove primeiros meses. Especificamente em setembro, os embarques totalizaram 6,4 milhões de toneladas, um recorde para o mês e 60% superior ao volume do ano anterior.
 
Alta nas Cotações do Milho
As cotações do milho continuam avançando na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), sustentadas por diversos fatores que estão influenciando o cenário do mercado nacional. A valorização do cereal nos portos e o robusto ritmo das exportações brasileiras da safra atual têm impulsionado essa tendência, criando um ambiente de negociação que está influenciando os comportamentos de vendedores e compradores.
 
De acordo com pesquisadores do Cepea, muitos vendedores têm se afastado das negociações no mercado spot nacional. Essa tendência se deve, em parte, à ausência da necessidade imediata de realizar vendas para obtenção de recursos. Além disso, as preocupações anteriormente relacionadas à capacidade de armazenagem estão gradativamente diminuindo, permitindo que os produtores mantenham seus estoques e aguardem oportunidades mais vantajosas.
 
Assim, esses agentes do mercado têm pedido valores mais elevados nas novas vendas, aproveitando a atual valorização do milho. Essa postura tem impacto direto nos demandantes, que enfrentam dificuldades nas aquisições. Aqueles que buscam repor seus estoques e/ou adquirir novos lotes de milho se veem obrigados a pagar preços mais altos em um cenário de mercado competitivo.
 
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