02/10/2023 às 09h04min - Atualizada em 02/10/2023 às 09h04min
Soja recua em setembro com comercialização lenta e início do plantio da nova safra
Mês é marcado por lentidão na comercialização e perspectivas para o futuro
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Freepik No mês de setembro, o mercado da soja no Brasil enfrentou desafios significativos, resultando em uma queda nos preços e incertezas para os produtores. Um dos principais acontecimentos que marcaram setembro foi a lentidão na comercialização da soja. Os preços do grão recuaram no mercado brasileiro, o que causou preocupações entre os agricultores.
Uma das razões para essa lentidão foi o fraco desempenho dos contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Com os produtores voltando suas atenções para o início do plantio da nova safra, a comercialização enfrentou desafios adicionais.
Variação nos Preços
Durante o mês de setembro, os preços da soja apresentaram variações em diferentes regiões do país:
Passo Fundo (RS): caiu de R$ 153 para R$ 145 no período.
Cascavel (PR): baixou de R$ 143 para R$ 135.
Rondonópolis (MT): decresceu de R$ 130 para R$ 125.
Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 153 para R$ 145.
Além disso, na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam uma desvalorização de 5% desde o início do mês, chegando a US$ 13,00 por bushel na manhã do dia 29. Vários fatores, como o início da colheita nos Estados Unidos, as perspectivas favoráveis para a produção sul-americana e a aversão ao risco no mercado financeiro, contribuíram para essa queda.
Impacto do Câmbio
Por outro lado, o dólar comercial teve um aumento de 0,4% durante o mês, atingindo R$ 4,994 na manhã do dia 29. Em muitos momentos do mês, a moeda americana ultrapassou a marca de R$ 5,00. Esse cenário cambial limitou parcialmente as perdas no mercado brasileiro de soja, pois as exportações são afetadas pela taxa de câmbio.
Perspectivas para 2024
De acordo com as previsões da consultoria Safras & Mercado, as exportações de soja do Brasil devem totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 1% em relação às 98 milhões de toneladas indicadas para 2023. Além disso, a consultoria prevê um aumento no esmagamento, passando de 53 milhões de toneladas em 2023 para 55 milhões de toneladas em 2024, representando um crescimento de 4%. A expectativa também inclui a importação de 110 mil toneladas em 2024, comparadas às 130 mil toneladas do ano anterior.