Conab aponta recuperação de área de plantio do arroz e feijão na safra 2023/24

Agricultores brasileiros preveem aumento no cultivo de grãos, contribuindo para a segurança alimentar e exportações

Após anos consecutivos de redução da área de plantio, duas das culturas essenciais para o abastecimento interno e a segurança alimentar no Brasil estão sinalizando uma recuperação promissora na safra 2023/24. A 11ª edição das "Perspectivas para a Agropecuária - Safra 2023/24", divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (19), revela que os agricultores estão preparados para dedicar uma área significativamente maior ao cultivo de arroz e feijão. 

O relatório projeta que a produção total de grãos nesta safra pode atingir a marca impressionante de 319,5 milhões de toneladas, o que a colocaria como a segunda maior colheita da história do país. Essa perspectiva não só garante o abastecimento interno, mas também impulsiona as exportações, contribuindo para o crescimento econômico do Brasil.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, expressou otimismo sobre essa reviravolta nos cultivos, afirmando: "Temos uma projeção de produção menor do que o total consolidado na safra que se encerrou, mas é uma perspectiva inicial superior ao que registramos neste mesmo evento no ano passado. Isso indica que podemos ter outra safra recorde, a depender dos ajustes que realizaremos durante o desenvolvimento das culturas. Se não for a maior safra, será a segunda maior safra da história."

A preocupação central nos últimos tempos tem sido a diminuição constante da área plantada de arroz e feijão, atingindo os níveis mais baixos dos últimos 47 anos. No entanto, o relatório divulgado hoje traz uma notícia animadora, indicando uma melhora significativa na área dedicada ao cultivo desses dois alimentos essenciais. Isso é um sinal positivo para a população brasileira, pois implica que haverá mais comida na mesa dos brasileiros nos próximos anos.

Esse aumento na área de cultivo de arroz é influenciado por vários fatores, incluindo a expectativa de melhores preços, que, combinados com a redução de custos, proporcionam uma perspectiva de rentabilidade mais atrativa para os produtores. Além disso, a retomada de políticas públicas pelo governo brasileiro, como o Plano Safra, compras públicas e garantia de preços mínimos, está dando um sinal positivo para aqueles que desejam investir na produção de alimentos.