13/09/2023 às 08h59min - Atualizada em 13/09/2023 às 08h59min
São Paulo se torna zona livre e suspende vacinação contra febre aftosa
Programa Nacional de Erradicação e Prevenção contra a Febre Aftosa alcança novo marco no combate à doença
- Da Redação, com CarneTec
Foto: Agência Brasil O estado de São Paulo tornou-se o sétimo estado brasileiro a conquistar o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Essa conquista marca a suspensão da imunização dos rebanhos contra a doença e faz parte do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção contra a Febre Aftosa (PNEFA), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com os serviços veterinários locais e o setor agroprodutivo. A Associação Nacional da Pecuária de Corte (Assocon) enxerga a medida como um passo positivo para os pecuaristas.
A gerente executiva da Assocon, Juliane Gomes, enfatizou a importância dessa conquista e ressaltou que o último caso de febre aftosa registrado no Brasil ocorreu em 2006. No entanto, ela destacou que isso não significa que os produtores podem baixar a guarda. É essencial que todos continuem a aderir estritamente ao PNEFA para manter a doença afastada do território nacional, garantindo assim o status sanitário do país. Além de preservar a saúde dos animais, essa conquista resulta em alimentos seguros e maior lucratividade para os pecuaristas.
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta o gado, causando febre, feridas na boca e nas patas, e potencialmente causando sérios prejuízos para a indústria da carne bovina.
O programa de erradicação e prevenção estabelece critérios rigorosos para que os estados façam a transição para o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação. O cumprimento desses critérios permite que a vacinação seja suspensa. O Plano Estratégico do PNEFA segue as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A especialista da Assocon ressaltou que o plano se baseia na avaliação contínua de indicadores monitorados em conjunto por equipes governamentais e do setor privado, tanto em nível estadual quanto nacional.
O objetivo é que todas as 27 unidades da Federação façam parte da zona livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Atualmente, além de São Paulo, Acre, Rondônia, toda a Região Sul (exceto Santa Catarina, que alcançou esse status em 2007) e partes de Amazonas e Mato Grosso já atendem aos critérios necessários para a suspensão da vacinação.