Produção de carne bovina brasileira deve aumentar 8% em 2023, aponta USDA

Expectativa aponta que Brasil deve permanecer como líder mundial nas exportações de carne bovina e suína

(Foto: Freepik)

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou um relatório no início de setembro com estimativas otimistas para a produção e exportação de carne bovina e suína no Brasil nos próximos anos. Para 2023, o USDA projeta um aumento significativo de 8% na produção brasileira de carne bovina, atingindo a marca de 11,16 milhões de toneladas equivalentes de carcaça. Além disso, a estimativa para 2024 aponta para um crescimento adicional de 2%, totalizando 11,38 milhões de toneladas.
 
Caso a expectativa se confirme, o Brasil continuará a desempenhar um papel crucial como o maior exportador global de carne bovina. Em 2023, as exportações brasileiras devem chegar a 3,35 milhões de toneladas, e a expectativa para 2024 é de 3,4 milhões de toneladas. O USDA justifica essa expansão com base no aumento da produção, alta demanda internacional por carne bovina e nos desafios enfrentados pelos competidores.
 
No mercado interno, o consumo de carne bovina também deverá crescer. Em 2023, um aumento de 5% é previsto em relação a 2022, alcançando 7,86 milhões de toneladas. Já em 2024, a estimativa é de um consumo de 8,04 milhões de toneladas, impulsionado por preços relativamente baixos devido à tendência de redução na inflação.
 
Quanto à carne suína, o USDA projeta um crescimento de 7% na produção brasileira em 2023, totalizando 4,65 milhões de toneladas equivalentes. Para 2024, a expectativa é de um aumento de 5%, chegando a 4,87 milhões de toneladas. Essa expansão é impulsionada pela alta demanda externa, acesso a novos mercados, melhorias nas condições econômicas locais, safras recordes de milho e soja, que reduzem os preços de ração, e um aumento na produção de suínos.
 
As exportações de carne suína também deverão crescer, com um aumento de 8% previsto para 2023, atingindo 1,43 milhão de toneladas, e uma projeção de 1,53 milhão de toneladas em 2024.