O preço médio da carcaça especial suína registrou um acentuado recuo em agosto. No mercado atacadista da Grande São Paulo, a cotação média da proteína caiu 5,3% entre julho e agosto, atingindo R$ 9,28 por quilo no último mês. A explicação para essa queda acentuada se deve tanto à baixa demanda quanto à oferta elevada do produto.
Conforme informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse movimento de queda nos preços da carne suína ocorre em um contexto em que o preço da carcaça casada bovina também recuou. Por outro lado, o preço do frango inteiro resfriado apresentou aumento, o que fez com que a carne suína perdesse competitividade em relação à bovina, mas ganhasse vantagem em relação à carne de frango.
Os dados do Cepea mostram que a diferença entre os preços das carcaças bovina e suína diminuiu 5,5%, passando de R$ 7,33 por quilo em julho para R$ 6,93 por quilo em agosto. Já em relação à proteína de frango, houve uma queda significativa de 26,8% na diferença entre os preços, que chegou a R$ 3,08 por quilo em agosto.
Frango Enquanto isso, as cotações do frango vivo experimentaram alta em agosto, o que beneficiou o poder de compra dos avicultores paulistas, especialmente diante dos principais insumos utilizados na atividade, como milho e farelo de soja. O preço do frango vivo comercializado no estado de São Paulo registrou um expressivo aumento de 9,6% em agosto em comparação ao mês anterior, alcançando uma média de R$ 4,87 por quilo.
De acordo com os pesquisadores do Cepea, essa alta nos preços do frango vivo ocorreu devido à redução da produção pela indústria, que buscou controlar a oferta excessiva de carne no mercado doméstico ao longo do mês. Enquanto a suinocultura enfrenta desafios, o setor avícola demonstra resiliência perante o aumento dos custos.