18/08/2023 às 10h56min - Atualizada em 18/08/2023 às 10h56min

Argentina sofre queda na produção de soja, com baixa da safra estimada em 43%

Relatório do Ministério da Economia do país aponta desafios significativos na colheita de soja em 2022/23

- Da Redação, com Canal Rural
(Foto:divulgação)
A Argentina enfrenta um revés considerável em sua produção de soja, com uma drástica redução na colheita projetada. De acordo com o relatório divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca do Ministério da Economia do país, a estimativa indica uma colheita de aproximadamente 25 milhões de toneladas de soja na temporada 2022/23. Esse número representa uma queda de 43,2% em comparação às 44 milhões de toneladas colhidas na safra anterior, em 2021/22.

O relatório de agosto reafirma as preocupações previamente expressas, não apresentando alterações significativas em relação à área de cultivo prevista, conforme já detalhado no relatório de julho. As previsões apontam para um cultivo em uma área de 16 milhões de hectares de soja durante a temporada 2022/23. Isso representa uma ligeira diminuição de 0,6% em comparação com os 16,1 milhões de hectares cultivados na safra anterior, em 2021/22.

Esta queda na produção de soja na Argentina tem implicações substanciais não apenas para o país, mas também para o mercado internacional de commodities agrícolas. A Argentina historicamente desempenhou um papel significativo na produção e exportação de soja, e essa redução acentuada levanta preocupações sobre o abastecimento global desse importante grão.

Enquanto isso, no cenário internacional, o Brasil surge como uma potência crescente na produção de farelo de soja, desbancando a Argentina após um quarto de século. Essa mudança na liderança reflete não apenas as oscilações na produção entre os países, mas também as transformações constantes no mercado agrícola global.

Em um momento de flutuações climáticas e desafios agrícolas complexos, a situação da soja na Argentina é um lembrete das vulnerabilidades inerentes à produção de alimentos em escala global. A interdependência das nações na oferta de commodities agrícolas exige um olhar atento sobre as condições locais e globais para garantir a estabilidade alimentar e econômica no mundo todo.

 
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