17/08/2023 às 10h03min - Atualizada em 17/08/2023 às 10h03min
Casos de gripe aviária desaceleram na América Latina, afirma ABPA
Brasil é considerado zona livre da doença no setor comercial
- Da Redação, com CarneTec
(Foto:freepik) Os registros de novos casos de influenza aviária de alta patogenicidade na América Latina estão mostrando sinais de desaceleração, enquanto o Brasil mantém sua posição livre da doença no setor comercial. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, apresentou essas informações durante uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (16).
“Nós continuamos como o único dos grandes produtores e o último dos grandes produtores que não tem queixa aviária em suas aves comerciais”, declarou Santin.
Até o momento, o Brasil registrou 79 focos de gripe aviária, a maioria em aves silvestres, além de alguns casos em aves domésticas de subsistência. A distribuição desses focos se deu com 13 confirmados em maio, 44 em junho, 17 em julho e cinco até o dia 16 de agosto.
Santin enfatizou a importância dos números, afirmando que “esse é um dado muito positivo, que reafirma a responsabilidade com a qual o Brasil tratou os casos de gripe aviária”.
Com um esforço significativo na implementação de medidas de biossegurança, as proteínas de processamento de carne de frango do Brasil conseguiram evitar a infecção da doença entre suas aves comerciais. Além disso, o governo brasileiro está negociando com nações importadoras para que, em caso de focos de doença em aves comerciais, as suspensões de compra sejam restritas a áreas futuras.
Países como Coreia do Sul, Japão e Arábia Saudita estão ajustando seus protocolos sanitários para regionalizar possíveis suspensões de referência, indicando um esforço coordenado para minimizar os impactos no comércio global.
Santin argumentou que, considerando os movimentos sazonais de aves migratórias, é crucial que o mundo aprenda a conviver com a gripe aviária, adaptando protocolos de biossegurança para evitar suspensões totais do comércio em nações que detectam a doença.