No mercado pecuário, as cotações do boi gordo para abate e dos animais de reposição, como bezerros entre 8 e 12 meses, têm registrado queda durante o mês de maio. Segundo especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a pressão sobre os valores da arroba se deve ao aumento na oferta de animais prontos para o abate. Esse aumento está relacionado aos investimentos realizados em anos anteriores e, principalmente, à diminuição da qualidade das pastagens com o fim da safra.
Do lado da demanda, alguns frigoríficos têm reduzido o ritmo de compras de novos lotes para o abate, indicando a existência de escalas de abate mais prolongadas. De acordo com os dados levantados pelo Cepea, a desvalorização da arroba do boi tem ocorrido de forma mais intensa do que a verificada para a reposição, o que resulta em uma piora na relação de troca para o pecuarista que realiza a recria-engorda.
Suínos
No mercado de suínos, a competitividade tem diminuído em relação às suas concorrentes, como as proteínas de frango e bovina. Segundo análise do Cepea, entre abril e maio (até o dia 23), os preços médios da carne suína e do frango têm registrado pequenos avanços, enquanto os preços da carne bovina apresentam quedas. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína teve uma valorização de 1% de abril para maio, com a média mensal atual atingindo R$ 9,84/kg.
Os pesquisadores do Cepea destacam que os preços da carne suína crescem desde o início de maio, mas a entrada da segunda quinzena do mês, quando a demanda geralmente se desacelera, interrompeu esse movimento de alta. Isso limitou o avanço na média mensal dos preços.