Foto: DivulgaçãoO valor da Produção Agropecuária fechou 2022 em R$ 1,189 trilhão, o segundo maior resultado em uma série de 34 anos. Deste total, a pecuária foi responsável por R$ 374,27 bilhões. Para o setor continuar como protagonista no cenário mundial, em especial na exportação de carnes, o produtor precisa investir em iniciativas voltadas à eficiência no manejo e à gestão da fazenda.
Segundo Lucas Saladini Toledo Veiga, engenheiro agrônomo, especialista em produção animal e consultor de pecuária e agrícola da GAtec, atualmente, o mercado conta com soluções tecnológicas eficientes para contribuir com o avanço do segmento. “A tecnologia tem trazido para o setor mais um elemento de controle que permite acompanhar o rebanho em tempo real”, avalia o especialista.
Esse acompanhamento, na opinião do agrônomo, permite visualizar, de forma rápida, o que pode ser melhorado dentro da propriedade, seja do ponto de vista monetário (custo) ou de desempenho animal, identificando os possíveis gargalos e atuando de forma pontual e imediata, reduzindo o impacto negativo sobre o rebanho e a garantindo a perpetuação da atividade.
“As soluções para o controle da pecuária facilitam o monitoramento ponta a ponta da atividade. No caso da GAtec, o sistema permite o controle o rebanho de corte nos três ciclos (cria, recria e engorda), bem como o manejo sanitário, reprodutivo e de rotina”, explica.
Veiga menciona outra funcionalidade do sistema: o manejo e a movimentação, que garante praticidade e controle na entrada e saída dos animais. “O sistema funciona como uma plataforma inteligente de dados e informações. É como se o produtor tivesse à sua disposição um departamento de gestão trabalhando em tempo real”, compara. “A cada nova entrada, os cálculos são realizados automaticamente e o sistema é atualizado. É um método de automação da gestão.”
Para o engenheiro agrônomo, um dos diferenciais dessa ferramenta é que o controle da movimentação pode ser realizado tanto por animais individualizados ou por lotes. “Ao identificar cada animal, o produtor consegue ter dados precisos para comparar aqueles mais eficientes dentro de cada lote, como, por exemplo, melhor conversão e ganho de peso”, comenta.
O sistema também contempla o controle de animais em regime de confinamento e suas dietas. “Em todos os casos, os relatórios e indicadores gerados que permitem averiguar a eficiência do processo nas diferentes etapas da atividade”, afirma.
Fatores internos e externos
Veiga lembra que o sucesso da atividade pecuária é consequência de uma gestão interna eficiente, que resulta em um produto de melhor qualidade, porém, fatores externos podem contribuir para o processo. “As métricas obtidas fora da porteira, por exemplo, podem ser trazidas para um sistema de gestão e ajudar a extrair mais dados para melhorar os processos internos”, diz o especialista.
Para ilustrar, ele menciona o rendimento de carcaça, que é uma medida analisada fora da porteira, e, quando trazida para dentro da porteira, mostra a evolução do animal em ganho de peso.
Para Veiga, a tecnificação do manejo e a capacitação de mão de obra também contribuem para a sustentabilidade do negócio. “Funcionários capacitados conseguem utilizar e avaliar as métricas de forma mais precisa, permitindo que a coleta e a inserção de dados no sistema sejam mais confiáveis, o que resulta na geração de indicadores mais condizentes com a realidade, facilitando a tomada de decisão”, avalia.
Em relação ao manejo, Veiga lembra que quanto maior o nível tecnológico de propriedade pecuária, maior é a capacidade e a possibilidade de controlar os processos. “Assim, é possível verificar os pontos não condizentes com os indicadores desejados e realizar as alterações para atingir o objetivo almejado”, conclui.
