O uso de tecnologias tem se consolidado como uma aliada do campo, dentro e fora da porteira, seja na reprodução, na sanidade, no bem-estar, no manejo, na nutrição, enfim, em todas as etapas da atividade pecuária. Para atender exigentes mercados consumidores de proteína animal, que aumentam suas demandas a cada ano, as indústrias de insumos e de rações continuam desenvolvendo soluções para melhorar os processos, a produção e a produtividade, com redução de custos.
Isso passa pela conservação das matérias-primas para a alimentação do gado, por exemplo. Para se ter uma ideia, um dos inimigos do armazenamento de ração e de matérias-primas utilizadas na nutrição animal é a umidade, que pode se tornar a fonte principal de contaminação e deterioração do produto.
Vale lembrar que o alto teor de umidade favorece o aparecimento de fungos nos grãos, no campo ou no armazenamento, assim como nos alimentos processados e nos insumos utilizados na ração animal. A contaminação por esses microrganismos pode causar vários problemas, como a perda de nutrientes, das características organolépticas (sabor, cor e odor), além da presença de micotoxinas que podem causar intoxicação nos animais por alimentos contaminados.
Segundo Bruno Giacomo, engenheiro agrônomo e gerente comercial de grãos da Kemin, entre as soluções e tecnologias voltadas para o tratamento das matérias-primas, visando à preservação da qualidade desses insumos, estão formulações à base de ácidos orgânicos, que atuam na eliminação de enterobactérias/salmonella e na redução de fungos.
“Matérias-primas com melhor qualidade microbiológica reduzem as interferências negativas na alimentação animal. Nesse sentido, u bom exemplo é o milho sem a presença de toxinas fúngicas”, afirma o engenheiro agrônomo. “Tratamentos preventivos e curativos reduzem contaminações por bactérias e fungos que prejudicam a qualidade dos insumos e afetam a nutrição animal, comprometendo a cadeia de produção de proteína”, acrescenta.
Para usufruir os benefícios dessas tecnologias que resultam na melhora da qualidade microbiológica dos grãos e farelos utilizados na alimentação do gado, Giacomo diz que há um manejo específico para cada situação.
“De modo geral, para enterobactérias, recomendamos o tratamento das estruturas, aliado à aplicação curativa nos farelos. Já para fungos, entendemos que a melhor solução é tratar as matérias-primas no início do processo de armazenagem, buscando manter a ação dos ácidos orgânicos durante todo o período de armazenagem”, orienta.
O uso de produtos e soluções para o tratamento da matéria-prima, visando à produção de suplementos para o gado de corte, exige equipamentos especiais, de acordo com o especialista. “A Kemin busca soluções que afetem minimamente o processo produtivo da propriedade, por isso, desenvolvemos e instalamos equipamentos de alta tecnologia para aplicações dos produtos, o que nos permite adaptar estratégias conforme variação do cenário produtivo, além de configurar soluções e acompanhar o estoque à distância”, comenta.