A semana começou melhor, com expectativas bem mais interessantes para o pecuarista brasileiro. A pressão segue, mas é evidente que há volume maior de pastagens nas fazendas brasileiras, que o pecuarista encontrou soluções para resistir aos preços mais baixos ofertados (desde o começo do ano) e também o fim do feriado de ano novo lunar na China, que deve trazer o país asiático para as compras em breve.
A radiação da volta da China para os negócios ou o provável retorno, atingiu o agronegócio mundial de todas as formas. Desde a soja negociada na Bolsa de Chicago, com a posição de referência de março fechando a segunda-feira, 30 de janeiro, com alta de 1,81%. Aqui no Brasil o cenário também faz sentido e, no caso do boi gordo, o pecuarista suportou uma semana de tentativas de ofertas mais baixas pela arroba do boi, dando estabilidade em praticamente todas as praças e até propostas mais altas em São Paulo.
A melhora no valor da arroba está em cima do boi China, a evolução semanal mostra uma evolução forte em uma semana com preços testando os R$ 290 por arroba. Um fator relevante é que este cenário traz reflexo em cima da disposição de animais padrão exportação e não apenas para China, mas também a Europa.
O cenário deve favorecer nesta semana o pecuarista brasileiro. É muito provável que a indústria frigorífica busque melhorar a própria disposição de animais de padrão China. A busca pela aquisição no momento visa garantir ter oferta de gado pronto para abate em períodos próximos com preços mais competitivos.
Tenho conversado com alguns pecuaristas brasileiros que têm optado, no momento, por fazer negócios com volumes menores de animais. Parece ser uma boa estratégia na atual circunstância. Também para os próximos dias o mercado financeiro pode ficar nervoso com novas taxas de juros no Brasil e Estados Unidos. Por falar em EUA, ainda nesta terça-feira teremos a divulgação de novo levantamento de rebanho por lá, que deve apontar cenário pouco interessante para as grandes indústrias que operam no país.