25/04/2023 às 09h40min - Atualizada em 25/04/2023 às 09h40min

Pressão segue e pecuarista busca alternativas

Eu gostaria de escrever aqui informações diferentes das quais tenho analisado ou comentado por aqui, em nossa coluna, “De Olho no Mercado”. Todavia, o mercado do boi gordo é feito de ciclos e os mesmos precisam ser concluídos. E é neste cenário que estamos, com um volume considerável de animais que devem ir para abate até a entrada da entressafra e uma realidade de reduções no preço da arroba do boi gordo.

Algo que tem me chamado a atenção e certamente do pecuarista mais atento aos mercados futuro e físico do boi gordo, são as perdas em diversos estados brasileiros e o futuro com recuos expressivos. Nesta segunda-feira, dia 24/4, por exemplo, vimos a posição de maio em R$ 266,20 por arroba, em novo recuo e novembro com perda de quase 3% e o contrato vindo para R$ 278,50.

No físico a observação é mais simples e vimos a última semana encerrar com quedas em oito estados e a média nacional da escala da indústria frigorífica se manter em 10 dias. O cenário mostra com clareza os efeitos da relação de oferta e demanda. E se forem consideradas as informações de campo, devemos ter um mês de maio e parte de junho com a mesma realidade amarga de abril para o pecuarista.

Não tivemos alterações no mercado do atacadista de São Paulo na última semana. O mesmo, segue sinalizando haver oferta excedente de carne bovina no mercado, o que não traz contribuição para uma reação, via mercado interno. De acordo com os dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras seguem com baixo volume, ainda um claro ressentimento do caso de “Vaca Fake” e embarcou, até a terceira semana, 72,4 mil toneladas, em 22 dias. O cenário segue estranho, mas como escrevi na semana passada, os próximos meses devem absorver um volume bem maior.

Por fim, se por um lado há muita frustração em torno dos valores praticados e também de dos cenários (social/político) do país, o produtor rural está muito incomodado e ameaçado (invasões de propriedades e desrespeito por direitos constitucionais) podemos observar um ordenamento de melhor acesso a alguns insumos para pecuária que devem ter reduções consideráveis de preços. O melhor caminho agora e conter os custos


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