A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro publicou nesta sexta-feira (6), no Diário Oficial do município, detalhamento de programação completa para possível festa de Réveillon, na virada do ano de 2021 para 2022. No entanto, esta manhã, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), frisou que o evento dependerá de evolução da pandemia. Ou seja: se houver ou não aumento contínuo de número de casos e de mortes por covid-19, até o fim do ano.
Na programação publicada hoje no Diário Oficial, a prefeitura informa que, na tradicional festa de passagem de ano no Rio, prevê três palcos para a festa de Réveillon na praia de Copacabana, zona sul da capital fluminense. A prefeitura, na publicação, informou expectativa de festa de "virada" ao término de 2021 em mais dez locais além de Copacabana: Boulevard Olímpico e Praça Guilherme da Silveira, em Bangu, que pela primeira vez terão comemoração; IAPI da Penha; Praça Paulo da Portela, no Parque Madureira; Praia do Flamengo; Praia da Moreninha, em Paquetá; Praia da Bica, na Ilha do Governador; Praia da Capela, em Guaratiba; Praia de Sepetiba e Piscinão de Ramos. Além disso, a prefeitura prevê retorno de evento de queima de fogos no entorno da tradicional Igreja da Penha, zona norte do Rio.
A prefeitura, na publicação de hoje, informou que o detalhamento do evento foi voltado para empresas interessadas na promoção da festa. O órgão municipal planeja, ainda, abertura de duas licitações para a contratação das empresas responsáveis por balsas e queima de fogos, para as festas de fim de ano na cidade. "A prefeitura ressalta que as comemorações do Réveillon estão condicionadas ao cenário epidemiológico da pandemia na capital" informou a prefeitura, ainda, no documento.
Esse ponto foi reforçado por Paes, durante coletiva esta sexta-feira sobre Boletim Epidemiológico, relacionado à evolução da covid-19 na cidade que ocorre todas as sextas-feiras no município. Hoje, o prefeito referiu-se ao evento promovido, na semana passada pela prefeitura, para anunciar planejamento de festas e eventos em cenário controlado de pandemia.
"Quando a gente anuncia uma programação de reabertura [na semana passada] a gente não quer dizer que a situação está sob controle" afirmou ele. "Assumo aqui a responsabilidade de ter passado a impressão de que as coisas estavam melhores do que estão" disse. "Não estamos em situação de que está tudo resolvido. Não está. Se pareceu que eu comuniquei isso, quando comuniquei calendário de planejamento, não era essa minha intenção", frisou. "Todo o nosso planejamento tem e guarda relação direta com a evolução do cenário epidemiológico" afirmou ele.
Paes lembrou hoje que a capital fluminense avança na vacinação. Mas, notou que a capital conta com a presença da variante delta da doença, mais transmissível, originada da Índia. “A gente sabe que está havendo um número de casos” afirmou, comentando ainda que, se isso prosseguir, “ao contrário de fazer planejamento de reabertura a gente vai ter que retroceder [decisões de reabertura]”.
A prefeitura informou ainda que estão mantidas as medidas restritivas lançadas pela cidade para diminuir contaminação pela doença – como proibição de festas e funcionamento de boates por exemplo.
Em comunicado enviado via canal do serviço de mensagens instantâneas Telegram, o prefeito do Rio reforçou seu posicionamento de que o planejamento de eventos na cidade depende da trajetória da pandemia, na capital fluminense. "Reforço, mais uma vez, que estamos atentos e nosso acompanhamento é diário. O cenário hoje não é o mesmo de dez dias atrás. A prioridade número 1, 2 e 3 é avançar na vacinação e salvar vidas" escreveu Paes. "Portanto, como já dito na semana passada: todo e qualquer planejamento poderá ser alterado se a situação piorar; bem como deve ser mantido se os resultados forem positivos! #BoraVacinar" completou Paes.
No site Painel Rio Covid-19, disponibilizado na internet pela prefeitura do Rio, a gestão municipal da cidade contabiliza 4.075.094 de pessoas vacinadas com primeira dose de vacina contra a doença, na capital fluminense. Já o número exato de pessoas vacinadas com segunda dose na cidade é de 1.748.921. Com dose única, são 139.589 pessoas, o que leva a um total de 5.964.414 de doses aplicadas. Esses números levam a cenário de 80% da população acima de 18 anos na capital fluminense com primeira dose ou dose única; e 35,8% com segunda dose ou dose única, de acordo com cálculos da prefeitura. Os dados são atualizados até as 9h45 de 6 de agosto.
No Estado do Rio de Janeiro, são contabilizadas 11.749.345 de doses aplicadas em todo o Estado, até as 10h10 de 6 de agosto. Os dados constam do "Vacinômetro" disponibilizado em portal na internet pelo governo fluminense.