Analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Amarildo Bento, Amarildo Bento, afirma que a área plantada com trigo vai crescer 5,1%, ultrapassando os 3,297 milhões de hectares da safra anterior. A informação foi dada no 5º SAFRAS Agri Week, que ocorreu entre os dias 21, 22 e 23 de março.
O que deve alavancar o crescimento é o atraso na colheita da soja, menor custo de produção e as melhores margens de lucro que o cereal proporciona neste momento. O atraso na colheita de soja não vai dar tempo para a safrinha de milho e a área deve ser ocupada com trigo.
No ano passado, no Paraná, a safrinha de milho ocupou o espaço do trigo nos municípios do Norte do estado. Na região Sul, no ano passado o espaço do milho foi ocupado pelo trigo, o que não deve acontecer este ano. A situação de mudar na próxima safra e, no final do ano, a área deve ser ocupada com plantio de cevada. Ainda assim, no Paraná, a área plantada com trigo deve aumentar 4,5%.
Nos últimos anos, a cultura se deu muito bem no Rio Grande do Sul, com boa produtividade, preços, exportação com liquidez e negócios antecipados. Com isso, espera-se um aumento de 5% na área plantada. Safras & Mercado espera 1,07 milhões de toneladas, superando a produção do ano passado. O Rio Grande do Sul vai se manter como o maior produtor nacional de trigo. Mesmo em menor escala, a Bahia, Mato Grosso do Sul e São Paulo também produzem o cereal.
Há expectativa de um inverno rigoroso, o que é bom. Por outro lado, há previsão de chuvas na colheita. O que não é bom. Elas podem afetar a qualidade do cereal.
“Para este ano, há um excesso de oferta no trigo russo, uma safra brasileira bastante volumosa e uma Argentina extremamente prejudicada pela estiagem”, afirma Elcio. No entanto, a temporada 2022/23 sofreu quebras importantes na Ucrânia e na Argentina.
Da Redação, com Safras & Mercado
