A Petrobras vai tentar buscar um equilíbrio entre uma distribuição maior de dividendo e as metas de redução da dívida, afirmou o diretor financeiro da estatal, Rodrigo Araújo, durante teleconferência com analistas estrangeiros hoje.
Segundo o executivo, 2021 será “um ano de transição” para a companhia.
A Petrobras encerrou o segundo trimestre com uma dívida bruta de US$ 63,7 bilhões, mais próxima da meta de reduzir o endividamento para abaixo de US$ 60 bilhões, nível em que a companhia destrava uma política de distribuição maior de dividendos.
Devido ao bom fluxo de caixa durante o segundo trimestre, em meio ao aumento da produção e à alta do preço do barril de petróleo, ontem, a estatal anunciou que aprovou o pagamento de duas antecipações da remuneração aos acionistas referentes ao ano de 2021, no valor total de R$ 31,6 bilhões.
Araújo afirmou ainda que a Petrobras poderia aumentar o volume de investimentos em seu próximo plano de negócios, para o período de 2022 a 2026, mas não seria um crescimento “substancial”. Segundo ele, o novo plano deve ser apresentado em novembro ou dezembro.
“Não esperamos grandes mudanças em termos da estratégia geral. É claro que a transição energética é um grande tema e queremos dar os próximos passos em relação a estratégia para isso. Queremos ser uma companhia com resiliência de custos e focada nos projetos que tenham resiliência aos baixos preços do barril”, disse o diretor.
O plano de negócios atual, anunciado em dezembro de 2020, prevê investimentos de US$ 55 bilhões entre 2021 e 2025, dos quais 84% serão direcionados para projetos de exploração e produção de petróleo e gás.