Produtores de aves e autoridades sanitárias brasileiras estão preocupados com o avanço da gripe aviária na América do Sul. Responsáveis pelo sistema de segurança sanitária no Peru relataram que a gripe aviária já matou pelo menos 716 leões-marinhos em sete áreas naturais protegidas na costa.
A doença altamente contagiosa também matou 63.000 aves no país andino, principalmente pelicanos, desde que o primeiro caso de influenza viral em aves foi registrado no norte do Peru em novembro de 2022.
A gripe aviária já matou mais de 200 milhões de aves em todo o mundo este ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O surto também atingiu países da América do Sul, como Equador, Bolívia, Argentina, Paraguai e Chile, onde as autoridades sanitárias detectaram recentemente o primeiro caso positivo em um mamífero marinho.
As equipes do Serviço Nacional de Florestas e Vida Selvagem no Peru estão coletando e enterrando os leões-marinhos mortos na costa central do país, onde os mamíferos nadam nas frias águas costeiras do Oceano Pacífico. Em novembro de 2022, o Peru declarou um alerta epidemiológico e sanitário para a gripe aviária no país.
O Brasil desenvolveu um plano de contingência para tentar impedir a chegada da doença. Além disso, um grupo foi criado para monitoramento das fronteiras e portos. O maior problema deve se estender até o mês de abril, quando terminam as grandes migrações de aves silvestres do hemisfério Norte para o Sul. São estes animais que podem carregar o vírus e espalhar a doença.
Da Redação, com Notícias Agrícolas e Reuters Television