A Associação Nacional da Pecuária de Corte (Assocon) anunciou, na última sexta-feira (24), que irá solicitar ao Ministério da Agricultura e Pecuária, a revisão do protocolo sanitário de comercialização de carne bovina brasileira com a China.
O plano atual determina que as exportações de carne bovina do Brasil para a China sejam imediatamente suspensas quando identificado caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), como ocorreu na semana passada no Pará, com um caso em animal de 9 anos.
Para a Assocon, é preciso que o governo reveja os termos do acordo para minimizar os danos à pecuária e, consequentemente, à economia nacional. "Um caso atípico como esse, que não representa nenhuma ameaça de contaminação à carne e às pessoas, ocorrido em uma propriedade rural de pequeno porte no Pará, não pode ser motivo de suspensão das exportações de todo o país", destacou o vice-presidente da Assocon, José Roberto Ribas, em nota.
Em 2021, quando dois casos de EEB atípica foram identificados no Brasil, as exportações de carne bovina para a China ficaram suspensas por cerca de quatro meses. Segundo a entidade, essa suspensão resultou em prejuízos superiores a US$ 1 bilhão para a cadeia da carne bovina.
"O pecuarista já sofre com baixa remuneração, alto custo de produção, além de conviver com um mercado instável. Não podemos sofrer tanto, devido a um acordo que, claramente, precisa ser revisto", argumentou Ribas.
Da Redação, com CarneTec