A Marfrig Global Foods e a Minerva Foods disseram em comunicados individuais na quinta-feira (23) que atenderão à demanda chinesa por carne bovina com produção de unidades localizadas na Argentina e no Uruguai, enquanto vigorar a suspensão às plantas brasileiras devido ao caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da Vaca Louca.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) suspendeu temporariamente as exportações brasileiras de carne bovina à China a partir da quinta-feira (23), seguindo protocolo sanitário estabelecido entre os dois países, após identificar o caso, que atingiu um animal macho de 9 anos numa pequena propriedade em Marabá (PA).
'O ministério aguarda o resultado de amostras enviadas ao laboratório referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em Alberta, no Canadá, para confirmar se o caso é atípico.
A Minerva disse que seguirá atendendo à demanda chinesa por meio de três plantas no Uruguai e uma na Argentina, sem comprometer sua participação de mercado e o relacionamento com os clientes. No Brasil, a empresa atendia a China com as unidades de Barretos (SP), Palmeiras de Goiás (GO) e Rolim de Moura (RO).
“Desde 2015, a Organização Mundial de Saúde Animal exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país, sendo que a doença pode ocorrer de forma espontânea e esporádica em todas as populações de bovinos do mundo', disse a Minerva no comunicado.
“Em função disso, a Minerva acredita que, tal qual em períodos anteriores, a suspensão das exportações brasileiras é temporária e deverá ser retomada em um curto espaço de tempo.”
A Marfrig informa que, durante o período de suspensão, o atendimento realizado pelas sete plantas da Marfrig no Brasil será redirecionado para as seis plantas da empresa localizadas no Uruguai e na Argentina.
“Nossa plataforma geograficamente diversificada e a flexibilidade de nossos multicanais de venda nos permitirá atender à demanda de nossos clientes”, disse a companhia.
As exportações brasileiras de carne bovina da Marfrig para a China representaram 6,4% da receita da empresa nos últimos 12 meses.
“A Marfrig acredita que a situação do (caso de) EEB está dentro dos parâmetros regulares envolvendo questões sanitárias e espera que as exportações sejam retomadas em breve”, disse a empresa.
A JBS informou que não iria comentar sobre o tema.
Da Redação, com CarneTec Brasil