22/02/2023 às 15h38min - Atualizada em 22/02/2023 às 18h45min

Abiec acredita que caso suspeito da doença da Vaca Louca não altera relações comerciais do Brasil

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), José Jorge Camardelli, acredita que o caso suspeito da doença da Vaca Louca de uma fazenda do Pará, trata-se de um caso atípico. Camardelli abordou o assunto em uma entrevista ao portal Notícias Agrícolas durante o evento Gulfood 2023. O presidente da ABIEC disse que tudo indica que o caso é atípico, o animal acometido é idoso e não deve alterar as relações comerciais do Brasil com os seus principais parceiros.

Segundo Camardelli esta não deve ser uma preocupação para o Brasil, já que a doença costuma afetar animais mais velhos e a China compra animais de até 30 meses. O Ministério da Agricultura do Brasil está monitorando de perto a situação e se comunicará a China e a Organização Mundial de Saúde Animal assim que o resultado dos exames laboratoriais for conhecido, para manter o menor nível de risco para a as relações e a doença.

Nas relações internacionais, Camardelli destacou a forte parceria entre Brasil e China e o excelente relacionamento comercial. Ele expressou confiança no processo, e o recente caso da vaca louca não afetou a "fase de lua de mel" que os dois países viviam.

O evento da Gulfood também foi discutido e Camardelli destacou a importância da feira como plataforma de apresentação da carne brasileira e de aproximação com potenciais parceiros e clientes de diversos países. A feira é uma oportunidade para as empresas brasileiras entenderem os diferentes sistemas de abatedouros e fecharem negócios com os interessados.

Desde 2001, existe colaboração entre a ABIEC e a Apex, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.

Para ele, é importante manter a imagem da carne brasileira, garantindo que ela atenda às diversas exigências dos diferentes mercados. Foi discutido o mercado do Oriente Médio, onde o Brasil tem forte acesso, e está em expansão com foco em Dubai, que está se tornando um hub de armazenamento e distribuição para outros países. Mencionou que o setor halal está anunciando um programa diferenciado, que oferece oportunidades para negócios novos e estabelecidos.

Por fim, Camardelli falou sobre os mercados potenciais do Japão e da Coreia do Sul. O Brasil vem recebendo apoio especial do governo dos Emirados em seus esforços de expansão nesses mercados. A Coreia do Sul é o 4º maior mercado do mundo, com excelentes preços, e o Brasil tem interesse em acessá-lo. No Japão, onde está o maior importador de carne do mundo, o Brasil espera aumentar sua participação de mercado, dado o foco na produção natural e nos animais criados a pasto.

A entrevista de Camardelli destacou os pontos fortes da indústria brasileira de carnes e seus esforços contínuos para expandir para novos mercados, mantendo sua reputação de qualidade e sustentabilidade.

Da Redação com informações de Notícias Agrícolas

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