Mesmo com exportações intensas, a cotação para o preço do milho recuou com força na semana passada, com o mercado ignorando a alta expectativa de uma continuidade dos embarques aquecidos.
O motivo para esta tomada de decisão, segundo técnicos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é a variação negativa do dólar em relação ao real. A paridade limitou as exportações. As baixas nos portos foram transmitidas, em parte, devido às cotações no interior do País.
Entre as motivações, junta-se a variação cambial, o início da colheita no Sul do Brasil e a previsão de produtividade da safra ter sido afetada pelo clima adverso.
Soja
A desvalorização do dólar provocou queda no preço da soja no mercado brasileiro durante a semana passada, informa o Cepea. O mercado também sente o enfraquecimento do prêmio de exportação e as estimativas indicando que a safra 2022/23 será recorde no Brasil.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a próxima temporada produzirá 152,71 milhões de toneladas. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estima 153 milhões de toneladas.
A liquidez segue baixa no mercado brasileiro, com as quedas limitadas pela ausência de vendedores no mercado spot (à vista). Segundo colaboradores do Cepea, sojicultores estão com as atenções voltadas às atividades de campo e não mostram interesse em negociar o remanescente da safra 2021/22.
Da Redação, com Cepea
