Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que o consumo de carne bovina e suína foram menores do que o esperado em 2022. A queda no consumo pressionou o preço da arroba do boi gordo.
O Brasil consome em torno de 75% da carne bovina que os produtores brasileiros colocam no mercado interno enquanto outros 25% são destinados à exportação. No entanto, nem mesmo o crescimento das exportações foram suficientes para amenizar os impactos do lento escoamento junto ao consumidor brasileiro.
Para o produtor, os primeiros meses de 2022 foram a melhor fase do ano. Na média, em janeiro, a arroba do boi gordo foi comercializada a R$ 347,32. Já a menor média do ano foi registrada em novembro e ficou em R$ 283,35, segundo o índice do boi gordo CEPEA/Bolsa e Valores (mercado paulista).
Suínos
Assim como a proteína bovina, a suína também não teve o consumo interno esperado para 2022. A demanda ficou abaixo do esperado. Os motivos, segundo Cepea, foram o baixo poder de compra do consumidor e a inflação em alta.
“O setor suinícola nacional registrou demanda externa enfraquecida em 2022, enquanto a produção nos três primeiros trimestres do ano foi recorde. Nesse cenário, a disponibilidade de carne no mercado doméstico cresceu consideravelmente, pressionando os valores de negociação do animal vivo e da proteína”, afirma Cepea, em nota.
Frango
A única proteína animal que teve melhor desempenho foi a carne de frango, que também registrou recorde nas exportações. Isso porque os países exportadores estão enfrentando a gripe aviária e a guerra da Rússia na Ucrânia impede que a produção ucraniana chegue à Europa e outros países compradores.
“O contexto econômico global também favoreceu as exportações brasileiras de carne de frango em 2022 – com a inflação elevada em diversos países, muitos acabaram suspendendo as tarifas sobre as importações da proteína, na tentativa de reduzir os impactos na economia local”, disse o Cepea.
Da Redação, com CarneTec