Com disparada nos custos, aumento no consumo e queda nos preços da arroba, os pecuaristas enfrentaram um ano difícil em 2022. A perspectiva para o próximo ano, no entanto, é de que os custos irão cair.
Segundo o engenheiro agrônomo Alcides Torres, da Scot Consultoria, 2022 é um ano que ‘’dá susto em todo mundo’’. "Esse aumento de custo vem da crise global que vivemos, uma crise alimentar e energética globalizada. Como todas as economias hoje estão interligadas, o Brasil não escapou. Os custos subiram e a margem do produtor, principalmente do pecuarista de gado de corte, estreitou-se bastante”, disse em conversa no programa DBO, na TV.
Para ele, o setor entra em 2023 com grandes expectativas e possibilidade de queda nos custos de produção e dos bovinos de reposição. “Para o ano seguinte, os custos devem cair um pouco, os preços do milho e do próprio bovino de reposição caíram, o que agrada uma parcela dos pecuaristas, mas desagrada outra. O que deve conter essa queda é justamente o custo de produção."
Alcides alerta que é necessário conter o custo de produção. Caso a arroba tenha queda acentuada, vai desestimular o produtor. Se isso acontecer, haverá menos gado e os preços da carne bovina voltam a disparar, afastando o consumidor. Ainda, o engenheiro diz que este ano foi marcado pela mudança do ciclo dos preços na pecuária, com o aumento da arroba no primeiro semestre e a queda acentuada no segundo.
Da Redação, com Scot Consultoria