Após o aparecimento de casos de Influenza Aviária na América do Sul, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) pediu a seus associados, nesta quinta-feira (8), a suspensão imediata das visitas às granjas, frigoríficos e outros estabelecimentos da avicultura no Brasil.
“Apenas quem trabalha direta e exclusivamente na respectiva unidade produtiva deve ter o acesso autorizado”, disse a ABPA em comunicado enviado à imprensa.
A doença nunca foi detectada ou registrada no Brasil. Mas, nos últimos meses, ela tem sido notada nas regiões do Peru e Equador, que já declararam emergência sanitária na semana passada após surtos da doença.
Nos países europeus e nos Estados Unidos, o atual status da doença é o maior registrado na história dessas regiões. Nesse contexto, o Brasil tem suprido a falta de matéria prima nestes locais.
A proposta de suspensão das visitas às granjas vale até mesmo para os vazios sanitários onde profissionais de outros países transitam para trabalhar. A orientação é que mesmo com a testagem da ausência da doença, as visitas sejam suspensas.
Mesmo os profissionais com acesso autorizado devem se submeter a desinfecção de todos os veículos, sejam de passeio ou de transporte; higienização de todas as roupas e sapatos em caso de retorno de viagem ao exterior, além de vazio sanitário no retorno ao trabalho.
O conselho mais importante é evitar o contato dos animais das granjas com outras aves, especialmente aves silvestres.
“Cabe lembrar que os casos registrados na América do Sul ocorreram no litoral, em aves aquáticas locais e migratórias. Existem questões geográficas que também protegem o nosso setor desta enfermidade que afeta apenas os animais”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota.
“Mesmo assim, estamos em alerta total para manter o Brasil em sua posição como maior exportador mundial e segundo maior produtor de carne de frango, além de expressivo produtor de ovos. É uma questão setorial, mas também de interesse da sociedade, já que são duas das proteínas mais consumidas pela população brasileira.
Santin disse que não se espera que as notificações de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres ou outras que não sejam de produção industrial, e de baixa patogenicidade em aves domésticas ou de cativeiro, afetem o status sanitário do Brasil e gerem fechamento de mercado.
Da Redação, com CarneTec