Produtores e comerciantes de todos os setores que envolvem o café se reúnem, entre os dias 16 e 18, em Belo Horizonte, na 10ª edição da Semana Internacional do Café (SIC), que retorna com suas atividades em caráter presencial após dois anos de restrições causadas pela pandemia de covid-19.
São mais de 500 concorrentes, representando as 32 regiões brasileiras produtoras de café nas categorias arábica e canéfora. O destaque do evento é a premiação ‘’Coffee of the Year’’ (Café do Ano, em inglês), que obteve recorde de inscrições.
As amostras já passaram por uma primeira etapa de seleção. Durante o evento, o público poderá provar, às cegas, as 15 melhores opções, sendo 10 do tipo arábica e 5 de canéfora. Os dois vencedores serão anunciados na tarde do último dia do evento.
No ano passado, as categorias arábica e canéfora foram divididas em duas, com quatro premiados: Elmiro Alves do Nascimento, da Fazenda Santiago (MG), venceu o melhor café arábica; Sandra Lelis da Silva, do Sítio Caminho da Serra (MG), ganhou o melhor café arábica com fermentação induzida; Luiz Claudio de Souza, do Sítio Grãos de Ouro (ES), foi tricampeão na categoria canéfora; e Poliana Perrut, da Chácara Paraná (RO), venceu canéfora fermentação induzida.
Evento de negócios
Em 2021, a SIC ocorreu em formato híbrido e contou com 16 mil visitantes/acessos de 25 países. Caio Fontes, um dos organizadores, conta que a expectativa é que, em 2022, a edição retome os patamares de público pré-pandemia, com mais de 20 mil visitantes.
"O público da SIC é um público profissional. A gente inclui desde o produtor de café até o profissional que está lá na ponta, no que eu chamo de servir o café, seja em uma cafeteria, um restaurante, uma padaria ou um hotel. Ela é um evento de negócios e trata com todos os atores da cadeia", explicou.
Treinamento
Além da sustentabilidade ambiental, as discussões pautadas no evento também abordarão ações voltadas à responsabilidade social. Proprietário do Sofá Café, em São Paulo, Diego Gonzales vai apresentar na SIC um projeto em que atua na formação de filhos de pequenos produtores de café, ensinando a eles como melhorar a qualidade e o valor de seus grãos.
"Eles são o futuro da cafeicultura. Então, precisam entender como melhorar a qualidade do café que produzem. A gente mostra como entender os defeitos e qualidades do café para melhorar a posição na negociação."
Da Redação, com Agência Brasil