11/11/2022 às 09h41min - Atualizada em 11/11/2022 às 10h18min

Brasil diz na COP27, que tem pressa em produzir hidrogênio verde

A pauta brasileira na Conferência do Clima (COP27), no Egito, foi discutir a urgência que o país tem em produzir hidrogênio verde e energia elétrica, proveniente da matriz eólia em usinas que serão instaladas em alto mar, na região Nordeste.

O debate foi durante o painel Infraestrutura de Apoio à Transição Energética, no pavilhão brasileiro montado na COP27, em Sharm el-Sheikh.

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannonum, disse que “precisamos acelerar [o processo de implantação de empreendimentos de energia limpa], porque todos os países querem liderar esse processo. Muitos países têm condições de liderar, mas talvez o Brasil, seja o país que reúne as melhores condições para liderar [esse segmento].”

O Brasil tem pretensão de produzir o hidrogênio, a partir de aerogeradores em alto mar, gerado pelas offshore.

Segundo a assessora do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Roberta Cox, o Brasil corre para desburocratizar o segmento e autorizar os empreendimentos, com a regulamentação da cessão de uso de áreas marinhas.

“Uma das portarias, inclusive, criou o PUG-offshore, que é o Portal Único para Gestão do Uso de Áreas Offshore, para Geração de Energia. Até então, no processo de cessão do uso de áreas marinhas, empreendedores e Ministérios tinham que passar por nove órgãos, para terem a autorização. Agora fazemos isso em apenas um balcão único”, explicou a representante do Ministério do Meio Ambiente.

Na avaliação da presidente da ABEEólica, Elbia Gannonum, “do lado das offshore, estamos caminhando muito bem” e “agora vamos trabalhar fortemente para termos o primeiro leilão de seção de uso do mar, o que deve acontecer no ano que vem”. A partir daí, o processo é o licenciamento ambiental dos parques, afirma.

O processo

O hidrogênio verde ocorre, quando a eletricidade usada na eletrólise da água, visando a extração do hidrogênio, vem de fontes de energias renováveis como eólica, fotovoltaica e hidrelétrica. Pode também ser obtido por hidroeletricidade e por biomassa de rejeito.

O Ceará deverá se tornar o principal produtor desse combustível, a partir de uma usina, no Porto do Pecém.

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