26/09/2022 às 10h07min - Atualizada em 26/09/2022 às 10h38min

Solo úmido intensifica plantio da soja em estados produtores no Brasil

O plantio da nova safra de soja tem a semeadura impulsionada pelo solo úmido e avança pelo Brasil, principalmente nos estados do Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Apesar de preocupações com possíveis impactos negativos que o fenômeno La Niña pode causar, especialmente no Sul do País, o clima entre os agentes é de otimismo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). 

Para o Cepea, esse cenário levou parte dos agricultores a vender a soja remanescente da safra 2021/2022, movimento que provocou queda nas cotações da oleaginosa no Brasil.

A ligeira desvalorização do dólar frente ao Real tende a deixar o produto nacional menos atrativo aos estrangeiros e acaba pressionando os preços domésticos. O dólar recuou 0,11% de 16 a 23 de setembro, chegando a R$5,25 na última sexta-feira (23). 

Entre os dias 15 e 22 de setembro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja recuaram 1,1% e 1,18%, com respectivos fechamentos de R$184,87 e R$179,52 a saca de 60 kg no último dia 23.

No mercado interno, o grão não desvalorizou ainda mais porque os preços internacionais se sustentam e pelo início da colheita nos Estados Unidos, mas as atividades ainda seguem lentas.

As exportações norte-americanas cresceram 52% entre as duas últimas semanas. Na parcial deste mês, os embarques de soja superaram em 81% o volume escoado no mesmo período de setembro de 2021. 


Goiás

O estado de Goiás recebe um destaque especial porque a área plantada com soja será recorde histórico. De acordo com dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) para agosto, a área plantada neste ano será recorde, chegando a 4 milhões de hectares, enquanto em 2021 foi de 3,7 milhões, uma alta é de 7,3%.

A expectativa cresce também para o volume da próxima safra. Se os ciclos climáticos forem regulares, o volume deverá chegar a 14,9 milhões de toneladas, com um aumento de 14% na comparação a 2021, quando foram colhidas 13,1 milhões de toneladas.

Com esses números, o estado vai assumir o segundo lugar no volume colhido entre todos os estados produtores. O Paraná, que atualmente ocupa o segundo lugar, reduziu a produção em 38,6%, na estimativa de agosto.

 

Da Redação, com G1 e Cepea

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