A safra de laranja 2025/26 no cinturão citrícola de São Paulo e Minas deve chegar a 314,6 milhões de caixas, segundo a Fundecitrus. O volume representa aumento de 36,2% em relação ao ano passado, mas especialistas alertam para a baixa qualidade das frutas.
O engenheiro agrônomo Gilberto Tozatti explica que a falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento das frutas. “Estamos vendo queda nos pomares e frutas com acidez alta, o que afeta a qualidade”, disse.
A CitrusBR também confirmou que o clima mais seco e o inverno frio atrasaram a maturação. Com isso, os frutos amadureceram na cor, mas com pouca redução da acidez.
Outro problema grave é o greening, doença transmitida por insetos que deforma e derruba frutos. Segundo dados, 53% dos pomares paulistas já estão atingidos.
No mercado, a indústria está exigindo frutas mais doces. Os contratos recentes ficaram perto de R$ 50 por caixa, com exigência mínima de 13 graus brix. A expectativa é que a qualidade melhore entre setembro e outubro, quando deve ocorrer avanço na maturação da segunda florada.
