Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor da produção agrícola brasileira atingiu o recorde de R$743,3 bilhões em 2021. O crescimento, de acordo com o Instituto, foi de 58,6% na comparação com 2020. Ainda assim, após dois anos de alta, a safra de grãos teve ligeira queda de 0,4% na receita total na mesma comparação.
O aumento da receita total se deve principalmente ao câmbio. Com o dólar alto, o preço das commodities agrícolas também se manteve em patamares elevados, sustentados ainda pela alta demanda externa e interna e pela inflação dos combustíveis.
Mesmo as culturas que tiveram queda na produção, tiveram aumentos nos valores obtidos. O milho, por exemplo, com retração de 14,8% na safra, teve aumento de mais de 60% nos ganhos.
Com o café, a produção recuou 19,2%, segunda queda consecutiva, e o valor das vendas e dos embarques cresceu quase 28%. O nosso principal produto, a soja, cresceu 10,8% em produção e mais que dobrou os valores, que totalizaram R$341,7 bilhões.
O pesquisador do IBGE, Winicius de Lima Wagner, acrescenta que mais de 86 milhões de toneladas de soja foram exportadas, mantendo o grão como o 2º principal produto externo brasileiro.
O estado que se mantém na liderança na obtenção de receita é o Mato Grosso. O valor das entradas foi de R$151,7 bilhões, ou 91,5% a mais do que em 2020. Isso equivale a uma participação de mais de 20% no desempenho total do país. Houve mudanças no ranking. O Rio Grande do Sul se recuperou de problemas climáticos e saiu da 5ª para 2ª posição, após mais do que triplicar o valor obtido com a sua produção de soja.
Entre os municípios, o líder em valor de produção agrícola, pelo terceiro ano consecutivo, foi Sorriso, no Mato Grosso, que alcançou R$10 bilhões, uma alta de 86,4%.
Da Redação, com Agência Brasil