As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 2,828 milhões de toneladas nos sete primeiros meses de 2022. O número foi 6% superior ao exportado no mesmo período de 2021, quando o total embarcado foi de 2,668 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A receita é de US$5,62 bilhões, sendo 33,3% maior do que no mesmo período do ano passado. Entraram no período US$4,216 bilhões.
Apenas no mês de julho, as vendas ao mercado externo da proteína totalizaram 405,3 mil toneladas. Uma queda de 4,5% em relação ao total exportado no sétimo mês de 2021. Ano passado foram 424,4 mil toneladas. Já as receitas inverteram essa lógica e cresceram 20,7%, registrando US$892 milhões neste ano frente aos US$739,2 milhões registrados no ano passado.
Os Emirados Árabes Unidos retomaram o primeiro lugar das importações e compraram 37,8 mil toneladas. Um aumento de 11% ao exportado para aquele país em 2021.
Para a China, as exportações caíram 40,5%, com embarques de 37,5 mil toneladas. Em terceiro lugar, temos a Arábia Saudita com 37,2 mil toneladas. No caso, um crescimento de 52,7%.
Outros destaques do mês foram Filipinas, com 21,8 mil toneladas (+16,1%), Coreia do Sul, com 18,8 mil toneladas (+79,4%) e Singapura, com 15,4 mil toneladas (+93,2%).
“O resultado confirma as expectativas da ABPA de manutenção das exportações em patamares acima de 400 mil toneladas mensais até o final do ano, mostrando a forte demanda global pelo produto brasileiro”, destacou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
CARNE SUÍNA
As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 606,5 mil toneladas nos primeiros sete meses de 2022, informa a ABPA. O volume é 8,9% menor ao registrado no mesmo período de 2021, quando foram embarcadas 665,4 mil toneladas.
A receita acumulada entre janeiro e julho deste ano chegou a US$1,337 bilhão, número 16,2% menor que o efetuado no mesmo período de 2021, quando foram obtidos US$1,596 bilhão.
Considerando apenas o mês de julho, as vendas do setor chegaram a 96,3 mil toneladas, volume 6,2% menor que as 102,7 mil toneladas exportadas em julho de 2021. O saldo em dólares dos embarques do mês totalizou US$222,4 milhões, número 9,7% menor que o resultado de julho do ano passado, com US$246,4 milhões.
A China, principal destino das exportações brasileiras de carne suína, importou em julho deste ano 38,4 mil toneladas (24,4% a menos que julho de 2021). Em segundo lugar, as Filipinas importaram no período 8,2 mil toneladas (238,2% a mais). Outros destaques foram a Tailândia, com 5 mil toneladas (+2149,7%) e Uruguai, com 4,1 mil toneladas (+7,8%).
“Há um novo patamar nas vendas de carne suína para a China, em torno de 40 mil toneladas, o que deve se manter nos próximos meses e acima dos volumes praticados no primeiro semestre deste ano. Ao mesmo tempo, vemos que outros mercados ganharam protagonismo em 2022, como Filipinas, EUA, Tailândia e Japão. Para estes países, temos destinado produtos de valor agregado mais elevado, o que manteve as exportações acima de 90 mil toneladas mensais desde março, dando um indicativo de tendência até o fim de 2022”, analisa Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.
Da Redação, com ABPA