O consumo mundial de alimentos deve aumentar 62% até 2025, especialmente em países emergentes, o que significa mais produtividade por área cultivada. Além do aumento desta demanda, o desperdício de alimentos é algo preocupante. Para Godofredo Cesar Vitti, professor da Universidade de São Paulo (USP), o desperdício de alimentos diretamente pelo ser humano daria para alimentar 32 milhões de pessoas. As informações são do site CarneTec.
“O Brasil será responsável por 40% da produção de alimentos para o mundo, sendo que hoje o país já ocupa a liderança na produção de alimentos, energia e fibras”, observou Vitti, que foi responsável pela palestra magna do SolloAgro Summit, evento que acontece em Piracicaba (SP) e reúne, até esta quarta-feira (22), agentes do agronegócio (profissionais, empresas, universidades e instituto de pesquisa) em discussões sobre temas como agricultura 4.0, manejo de solo, balanço de carbono e sustentabilidade.
Em sua palestra, com o tema 'Manejo de adubação e aumento da produção e qualidade de alimentos', Vitti afirmou que, para satisfazer essa demanda crescente, é preciso atuar no aumento da área cultivada, aumento da produtividade e maior intensidade de cultivos. Dentro deste cenário, a adubação ganha importância como combustível na implantação das mais variadas culturas e a consequente melhoria do que é produzido.
“O Brasil, com sua base de terra, água e clima, é dotado de três dos recursos naturais críticos. Terra e água estão em escassez em todo o mundo. Se o Brasil puder implementar e manter as estratégias conhecidas, ele assumirá um papel de importante [ainda mais] produtor e exportador”, disse Vitti segundo nota dos organizadores do evento.
Para ele, nos próximos 50 anos, a humanidade vai enfrentar desafios como energia renovável, água doce, alimentos, meio ambiente, pobreza, educação, democracia, entre outros. “Dentro deste universo, a agricultura é algo que pode ser resolvido. Hoje em dia tudo está baseado em alimentos, se não houver alimentos há pobreza, fome, não há democracia, ocorrem doenças, terrorismo e guerras”, observou o professor.
Na solenidade de abertura do SolloAgro Summit, o professor Luis Reynaldo Ferraciú Alleoni, coordenador do evento, comentou que o objetivo é estender o conhecimento da universidade para fora dos seus muros e trazer a comunidade do agronegócio para dentro da USP.
Da Redação
