A agência de classificação de risco, Moody’s, rebaixou a nota da BRF de positiva para estável. A informação reflete os desafios da companhia que teve um desempenho fraco no primeiro trimestre de 2022. A Companhia teve prejuízo de R$1,5 bilhão nos primeiros três meses do ano graças à alta nos preços dos insumos, pressão inflacionária e fraca demanda no mercado nacional. A informação é do site CarneTec.
Comunicado divulgado nesta segunda-feira pela Moody’s diz: “acreditamos que os resultados irão melhorar gradualmente em 2022, mas as métricas de crédito para o ano continuarão pressionadas, com a alavancagem (dívida total ajustada/Ebitda) em cerca de 5 vezes.”.
A nota da agência de risco dá garantias de que a nota de crédito da BRF em Ba2, indica negócios firmes e a liderança no segmento de alimentos processados no Brasil. Ela também é lastreada nas exportações de carne de frango, liquidez e dívida amortizável.
Para a Moody’s, “com R$9,1 bilhões em caixa até o final de março de 2022, a BRF cobre todas suas obrigações de dívida até 2025.”.
Os fatores que afetam a companhia negativamente são a geografia da sua produção, concentração no segmento de carne de frango, sua exposição aos preços de grãos e volatilidade do Real.
“A Moody's continua a acreditar que a estratégia de crescimento de longo prazo (Visão 2030) permitirá à BRF melhorar de forma significativa sua escala, diversificação geográfica e de produtos e a participação de produtos de maior margem em seu portfólio, conferindo maior resiliência às margens e fluxos de caixa”, disse a Moody's, segundo o CarneTec.
A agência espera que a BRF altere seus planos, mude a estratégia de curto prazo, atrase os planos de fusões e compras que estão em seu plano de crescimento.
Em comunicado, a BRF diz que “continuará atuando de forma disciplinada para otimizar sua estrutura de capital, reduzindo o indicador de alavancagem e mantendo uma posição de liquidez saudável e equilibrada”.
Da Redação
