09/06/2022 às 09h46min - Atualizada em 09/06/2022 às 09h46min

Comitiva liderada pelo Mapa debate soluções para a produção de camarão e atum

Na última semana, uma comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com representantes das secretarias de Aquicultura e Pesca (SAP), de Defesa Agropecuária (SDA), de Política Agrícola (SPA) e de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) esteve no estado do Rio Grande do Norte para conversar com os pequenos e grandes produtores da região para ouvir as principais demandas do setor pesqueiro e debater soluções para a cadeia produtiva do camarão e do atum. 

Em 2020, o Nordeste foi responsável por 99,6% da produção brasileira de camarão, liderada pelos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. Quanto à exportação, os principais destinos do camarão brasileiro são os Estados Unidos, China e Hong Kong.

A produção é feita em pequenas propriedades que, juntas, dão escala ao setor. No Brasil a maior fazenda produtora fica em Papeba, no Rio Grande do Norte. Eles cultivam camarão desde 1996. A fazenda compra a pós larva do animal (que é o camarão no início da vida) de laboratórios especializados para começar a adaptação nos berçários ou viveiros. É comercializado quando atinge 10 gramas. A fase de engorda é a segunda etapa do processo produtivo e a fase caracterizada pelo crescimento do camarão.

Entre os desafios do setor, está a alta do preço do principal insumo, a ração, e os desafios ambientais. O proprietário da fazenda de Papeba, Cristiano Maia, diz que "é uma atividade que precisa sair desse status de que ela é agressora ao meio ambiente para o status de uma atividade que gera recursos, que gera emprego e renda”, enfatizou.

O maior problema da cultura são as doenças como a mancha branca. Listada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como uma das doenças de animais aquáticos, é uma infecção viral que persiste durante toda a vida do animal, tendo elevada mortalidade em cultivos de camarão. Os animais que se recuperam da infecção são portadores persistentes do vírus.

Em 2021, a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) lançou o "Manual de Boas Práticas de Manejo e de Biossegurança para a Carcinicultura Brasileira” para ajudar os produtores a evitarem ou conviverem com doenças (virais ou bacterianas) e produzir camarões marinhos cultivados de forma sustentável, gerando negócios, empregos e renda no meio rural do Nordeste e do Brasil.

 

Da Redação, com Mapa


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