A WEG obteve um lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no segundo trimestre de 2021, um aumento de 120,6% em relação ao registrado em igual período de 2020.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 90,2%, para R$ 1,39 bilhão.
Segundo a companhia, os dois indicadores foram impactados positivamente pela contabilização, no trimestre, de créditos referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. O efeito foi de R$ 300,4 milhões no Ebitda e de R$ 282,8 milhões no lucro líquido.
Segundo a companhia, a última linha do balanço foi influenciada ainda por dois outros efeitos: um impacto positivo de R$ 129,9 milhões no resultado financeiro e um aumento no imposto de renda auferido destes créditos, de R$ 147,5 milhões. Desconsiderando estes efeitos não recorrentes, o lucro líquido seria de R$ 851,9 milhões no trimestre, alta de 65,6% no comparativo anual.
Em relatório que acompanha o balanço, a WEG ressalta que continuou observando boa evolução de suas principais linhas de negócio entre abril e junho. No período, a receita operacional líquida alcançou R$ 5,74 bilhões, 41,4% superior à de um ano antes.
A tendência foi positiva tanto no mercado doméstico, quanto internacional, diz a fabricante. No Brasil, a WEG observou demanda “sólida” por equipamentos, com destaque para o crescimento dos negócios de ciclo curto, nas áreas de “motores comerciais e appliance”, “equipamentos eletroeletrônicos industriais” e em especial o negócio de geração solar distribuída.
Já no mercado externo, a companhia assistiu a uma recuperação da atividade industrial, confirmando os sinais de melhora reportados no último trimestre. “Apresentamos crescimentos importantes de receita nos principais mercados de atuação, como destaque para os segmentos de mineração, óleo & gás e água & saneamento”.
Entre abril e junho, a WEG investiu R$ 168,3 milhões em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e licenças de uso de softwares. Desse total, 52% foi destinado às unidades produtivas no Brasil, e 48%, a parques industriais e demais instalações no exterior.
A WEG teve um aumento de seu custo de produtos vendidos (CPV) no segundo trimestre de 2021, como reflexo da alta das cotações das principais matérias-primas utilizadas na fabricação de máquinas e equipamentos. O CPV subiu 15,8% ante os primeiros três meses deste ano e 41,3% na comparação anual.
O aumento dos custos teve impacto sobre a margem bruta, que atingiu 30,4% no trimestre, 1,5 ponto percentual (p.p.) inferior à registrada no primeiro trimestre e 0,1 p.p. superior à de um ano antes.
“Os esforços de redução de custos e melhorias de processos que proporcionaram ganhos de produtividade, em especial em nossas operações no exterior, foram fatores decisivos para a manutenção das margens operacionais próximas a normalidade”, escreveu a companhia, em relatório que acompanha o balanço.