No dia primeiro a arroba do boi foi comercializada a R$ 322, caiu 3,6%, e chegou na última sexta-feira (22) a R$ 310,25. De acordo com o zootecnista Rafael Poiani e o analista de mercado da Scot Consultoria para o mercado do boi, a avaliação não é boa para a praça paulista.
Outra praça que as cotações também caíram bastante foi a goiana, com 4%. No dia primeiro de abril ela estava cotada a R$ 302 e chegou na sexta-feira a R$ 288,5. Os dois analistas listam alguns fatores que contribuíram para esse cenário. Aumento de gado no mercado, queda expressiva do dólar, diminuição do capim a exportações, com margens de lucro reduzidas.
Na região central do país houve um aumento de bois à disposição com a safra chegando ao fim. Os frigoríficos que exportam viram suas margens de lucro diminuindo com a queda do dólar. Desde o dia primeiro, não houve nenhum aumento na cotação. O mercado está frio e com muitos animais terminados à disposição.
Exportações
Ainda assim, mesmo com o dólar causando volatilidade, as exportações de carne bovina nesse período cresceram. Foram embarcadas 89,97 mil toneladas, com exportação de 9.099 mil arrobas ao dia. Esse número é 43,4% maior do que no mesmo período do ano passado, quando o país vendeu 6,07 toneladas ao dia. As receitas cresceram em abril deste ano, 43,4%. Isso significa um aumento de 29% no preço da tonelada embarcada, que é de US$ 6.147.
Na contramão da carne bovina, os preços da carne suína caíram 11,7%, enquanto as exportações cresceram. O país embarcou 46.071 mil toneladas nos primeiros 21 dias de abril, uma média diária de 4,067 toneladas. Mas os preços por tonelada caíram no mercado internacional e, com isso, a tonelada foi comercializada a US$ 2.198.
A proteína que avançou nos embarques e nos preços foi a de aves. Os embarques cresceram 28% no período, com 23.022 toneladas ao dia. O preço da arroba ficou em US$ 1,871. Também exportamos menos couro, mas a receita cresceu 25,6%. O produto teve mais valor agregado e chegou a US$ 4.235 a tonelada.
Da Redação