30/03/2022 às 09h32min - Atualizada em 30/03/2022 às 11h15min

Estados Unidos e França acusam Rússia de provocar crise alimentar mundial

A representante dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Wendy Sherman, acusou a Rússia de provocar uma “crise alimentar mundial”, que pode levar à fome generalizada, ao invadir a Ucrânia. Os dois países são grandes produtores e exportadores de alimentos. A ação também provoca problemas de logística a países que não estão envolvidos

A Folha de S. Paulo desta quarta-feira (30) informa que Wendy disse que "o presidente russo, Vladimir Putin, começou esta guerra. Ele criou esta crise alimentar mundial e é ele quem pode pará-la". Ela falava ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A sessão foi dedicada aos problemas humanitários na Ucrânia. A diplomata afirmou que "somente a Rússia e o presidente Putin têm a responsabilidade pela guerra na Ucrânia e as consequências dessa guerra na segurança alimentar mundial".

Outra diplomata, desta vez a secretária-geral adjunta da ONU para assuntos humanitários, Joyce Msuya, disse que o conflito "ameaça piorar ainda mais as coisas nas maiores crises humanitárias do planeta, como as do Afeganistão, Iêmen e Chifre da África".

"Esses países já estão lutando contra a insegurança alimentar, a fragilidade de suas economias, o aumento do preço dos combustíveis, dos fertilizantes, que afetarão severamente campanhas atuais e futuras", disse.

Para Sherman e o diretor do PAM (Programa Alimentar Mundial), David Beasley, Ucrânia e Rússia são os "maiores produtores" de grãos e eles representam "30% das exportações mundiais de trigo, 20% do milho mundial e 75% do óleo de girassol".

Beasley lembrou que "50% dos grãos que compramos vêm da Ucrânia” e alimentam “125 milhões de pessoas". Disse que o impacto pode ser "devastador".

A União Europeia se articula contra a escassez de alimentos provocada pela guerra e articula com os Estados Unidos um compromisso para evitar a alta de matérias primas. agrícolas.

As regiões que podem faltar alimentos são Oriente Médio e no Norte da África. O maior problema está nos países que mais importam grãos da Rússia e Ucrânia.


Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo

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