O ano de 2022 tem perspectivas pouco animadoras para o mercado cervejeiro brasileiro. Isso porque a guerra entre Rússia e Ucrânia pressiona os preços dos ingredientes da cerveja como o malte e o lúpulo.
Rússia e Ucrânia respondem por 28% das exportações globais de cevada, o que pressiona o preço para cima. O Brasil é um país fortemente dependente de importações nesse setor, tendo 78% da cevada, 65% do malte e quase 100% do lúpulo vindo de fora do país.
Uruguai e Argentina são os principais fornecedores de matéria prima da cerveja como o trigo, mas, por conta da alta global dos preços de cereais causada pela redução da oferta em meio à guerra, todos os compradores serão afetados.
A Ambev, líder do mercado nacional, diz contar com uma proteção de 12 meses contra a variação de preços, mas pequenos produtores podem encontrar dificuldades e ter como solução repassar aumentos ao consumidor, ou ter menos lucro.
De acordo com pesquisas da empresa Kantar, os brasileiros estão trocando marcas mais caras por outras mais populares, no contrário da tendência de anos anteriores.
Da Redação, com informações da BBC News
(colaborou: Marcelo Freitas)