As exportações de carne de frango in natura e processadas aumentaram 7,4% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) segundo o site CarneTec. Foram embarcadas 374,5 mil toneladas.
O faturamento cresceu ainda mais em função dos preços internacionais, chegando a US$ 663 milhões. São 27,1% acima do que foi faturado em fevereiro de 2021.
O mercado do Oriente Médio garante esse volume de vendas. Os Emirados Árabes Unidos são o país que mais comprou. Foram 42,8 mil toneladas maiores do que no ano passado.
Foi seguida pela China, com 42,3 mil toneladas. No caso chinês, as exportações caíram 8,4%, depois vem a África do Sul, com 30,7 mil toneladas, um aumento de 6%, México, com 19,6 mil toneladas e União Europeia, para onde foram 16,5 mil toneladas.
O México comprou mais 358,3% e a União Europeia aumentou as importações em 35,1%.
Luís Rua, diretor de Mercados da ABPA, informou em nota divulgada pela associação que “os Emirados Árabes Unidos ganharam forte protagonismo nas exportações brasileiras dos últimos meses e foram decisivos, assim como o reforço das vendas ao México e à União Europeia”, para o avanço.
A nota diz que “é esperado que estes níveis de compras nestas regiões se mantenham pelos próximos meses, especialmente porque a Ucrânia, que é um forte competidor do Brasil em destinos como a União Europeia, Arábia Saudita e países do Golfo, com o conflito, seguramente deixará de exportar os volumes habitualmente destinados a estas regiões.”
Na soma das exportações dos dois primeiros meses do ano, exportou 723,7 mil toneladas, ou 13% a mais do que no primeiro bimestre de 2021. A receita também cresceu 33,9%, chegando a US$ 1,28 bilhão.
Para Ricardo Santin, presidente da ABPA, “as altas históricas dos custos de produção têm pressionado positivamente os preços internacionais de carne de frango, com o repasse aos preços finais”.
Ele lembra que o Brasil tem sido beneficiado por um surto de febre aviária: “focos de influenza aviária em vários países da Europa, Ásia, África e, mais recentemente, na América do Norte, também favoreceram o desempenho das exportações brasileiras.”
Da Redação