O alto volume de chuvas dificulta a colheita da soja, o abastecimento das indústrias que esmagam a oleaginosa e, com a demanda internacional pelo produto brasileiro aquecida, acirra a disputa pela compra do produto para cumprir contratos de exportação e com as empresas nacionais. O cenário aumenta prêmios e preço da soja, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Os patamares dos preços são recordes, em termos nominais. No spot nacional (mercado à vista), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) da soja atingiu R$ 193,36 a saca de 60 kg na sexta-feira (4), o maior valor nominal da série do Cepea, iniciada em março de 2006.
Em apenas sete dias, entre 28 de janeiro e 4 de fevereiro, o Indicador avançou Cepa/Esalq Paraná, avançou 5,2%, chegando no dia 28 de janeiro a 5,5% entre 28 de janeiro e 4 de fevereiro, indo para R$ 190,26 a saca de 60 kg no dia 4 – o maior patamar nominal da série, iniciada em julho/97.
Quanto ao prêmio, com base no porto de Paranaguá, para embarque em março de 2022, teve comprador oferecendo US$ 1,23 o bushel e vendedor a US$ 1,40 o bushel no dia 3 de fevereiro. Considerando-se o embarque março, negociado no primeiro bimestre de cada ano, este é o maior valor nominal da série do Cepea, iniciada em junho/04.
Da Redação, com Cepea.